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Nio, da V.tal, congela preço da banda larga; adia São Paulo e cogita mercado móvel

Operadora iniciou as operações comerciais com portfólio simplificado de serviços.

Por Fábio Barros

A Nio, provedora de serviços de internet fibra a V.tal, originada da compra da base de clientes da Oi Fibra, anunciou nesta quinta-feira, 22, o início de sua operação comercial e seu novo portfólio de serviços.

O CEO da companhia, Márcio Fabbris, lembrou que a Nio já nasce grande, com cerca de 4 milhões de clientes e operações em 300 cidades brasileiras. “Somos uma empresa nacional e a segunda maior operação de fibra do Brasil, líder em 14 estados e no DF”, afirma.

O executivo citou como diferencial da nova companhia – parte do grupo V.tal – o foco em colocar, de fato, o cliente no centro das operações. Sinal disso é a primeira promessa feita aos clientes: manter os preços de seus planos fixos até janeiro de 2028. A promessa é válida para o novo portfólio da Nio e vale para os antigos clientes que decidirem migrar para um dos novos pacotes.

 O novo portfolio é simples. São apenas três planos para o cliente escolher com facilidade, de acordo com as suas necessidades de uso. Todos os três novos planos contam com preços fixos, ou seja, um valor sem reajuste até janeiro de 2028.  São eles: Nio Fibra Essencial – 500 Mega com roteador Wi-Fi 5. R$ 100/mês; Nio Fibra Super – 700 Mega com roteador Wi-Fi 6. R$ 130/mês; e Nio Fibra Ultra – 1 Giga com roteador Wi-Fi 6 além de 1 ponto adicional Mesh por R$ 160/mês.


Fabbris explica que a simplificação do portfólio marca um dos diferenciais em relação a Oi Fibra, que oferecia sete planos básicos e uma série de planos promocionais que acabavam gerando confusão entre os clientes. “Nosso preço de entrada garante um patamar mínimo de rentabilidade. Estamos apostando em trocar um aumento de preço – que deve durar até a primeira reclamação do cliente – prelo aumento da vida útil do cliente dentro daquele valor”, afirma, lembrando que reduzir o atrito diminui o custo de gerenciamento do cliente. “Fizemos muita análise financeira para garantir que não vamos perder dinheiro reduzindo o churn”, reforça.

O esforço de simplificação inclui também a unificação dos três apps antes disponibilizados pela Oi Fibra para diferentes serviços e dos números de atendimento ao cliente em apenas um 0800.

Transição de marca

Fabbris explicou que a Nio vem se comunicando com sua base de clientes desde o final do ano passado e que o cronograma de transição de marca tem uma previsão de seis meses de duração. “Estamos no terceiro mês. Por enquanto a marca Oi Fibra e seus aplicativos seguem funcionando, mas a ideia é que sejamos somente Nio no final desse período, por volta de agosto”, revela.

Os novos planos também já estão disponíveis para a base de clientes, incluindo a promessa de preço fixo para quem migrar para um dos três pacotes. “Os planos legados são complexos e o cliente pode mudar de plano a qualquer momento com preço fixo. Ele pode abrir mão de algo que tenha hoje, mas terá os benefícios destes planos”, diz.

Sobre o cuidado com os clientes, Fabbris cita a importância deles na construção da reputação da nova marca. “Queremos que os clientes sejam nossos principais promotores, o que é difícil quando começamos do zero”, diz. O legado da Oi Fibra representa também uma receita bastante grande, o que traz flexibilidade para investir nas mudanças. “Trouxemos 600 pessoas que conhecem o mercado. A empresa está começando com uma crença nova, mas temos um time com conhecimento de mercado”, acredita.

Esse conhecimento deve fazer com que a Nio, no futuro, expanda sua atuação para novos territórios e novos serviços. Atuar em São Paulo está nos planos futuros da companhia, mas antes o trabalho é para consolidar posição no mercado onde já atua. “Não podemos descartar para o futuro. Nosso foco é crescer organicamente, mantendo os clientes e atraindo novos, mas estaremos atentos ao mercado e a oportunidades que sejam criadoras de valor”, revela Fabbris.

Um destas oportunidades pode estar na união com uma operadora móvel que, para o executivo, seria um movimento natural também no futuro. “A operação vinha de uma situação de rentabilidade negativa, então leva algum tempo para recuperarmos. Hoje somos parte de um grupo maior sem dívidas, o que nos dá mais possibilidades de negociação. O que temos que fazer é crescer a empresa e a rentabilidade para termos opções no futuro, que pode ser IPO, fusão ou aquisição”, afirma.

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