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No Brasil, 50,4% do tráfego internet está rodando em IPv6

Dados são do IX.br. Mas ainda assim há solicitações aprovadas em espera na região para endereço IPv4. Pico do tráfego Internet no ano foi de 37,5 Tb/s.

Por Roberta Prescott

O Brasil chegou a 8900 sistemas autônomos (ASN), com novembro acrescendo novos 259 — e 99% ASNs “micro” já contam com IPv6. Em 2024, foram 251 alocações IPv6. E, do aspecto dos usuários finais, 89% têm IPv6. Os números integram a apresentação do gerente de recursos de numeração de internet no NIC, Ricardo Patara, que falou sobre numeração internet na 18ª edição do IX Fórum, evento promovido pelo Brasil Internet Exchange (IX.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), e pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

Patara mostrou que 50,4% do tráfego de internet roda sobre IPv6. Mas ainda assim há solicitações aprovadas em espera na região para endereço IPv4. Falando sobre o tráfego, Julio Sirota, gerente de engenharia e infraestrutura do Brasil Internet Exchange (IX.br), apontou que o pico no ano foi de 37,5 Tb/s, um aumento de 19%, e o pico em São Paulo, de 25,6 Tb/s, 15% a mais.

O IX.br contabiliza 190 pontos de presença (PIX), 432 equipamentos de rede, 136 sistemas DWDM, 93 DCIs, 278 interfaces 400 ZR no core de São Paulo, 165 servidores e 4.772 portas de participantes. Na sua apresentação, Sirota também falou sobre o estágio de mudanças de tecnologia para EVPN & SRv6. Em Brasília, com equipamentos Nokia, em fevereiro, houve a migração para EVPN+MPLS; em junho de MPLS para SRv6 e, em agosto, foi habilitado Proxy-ARP e Proxy-NADA.

Em Curitiba, com Cisco, ocorreu em setembro a migração para EVPN+SRv6, sem as funcionalidades Proxy-ARP/Proxy-ND ainda não disponíveis. Manaus, com Cisco, teve a migração para EVPN+SRv6, sem as funcionalidades Proxy-ARP/Proxy-ND ainda não disponíveis em novembro.


Em São Paulo, a operação ocorre em equipamentos de três fabricantes: Extreme/Brocade, Cisco e Nokia. A migração foi planejada por equipamento, onde terá a rede dividida em dois ambientes: VPLS e EVPN + SRv6. Os equipamentos Cisco e Nokia que vão operar com SRv6 conseguem encaminhar pacotes para os dois ambientes. No segundo semestre, começou-se a substituir equipamentos antigos e a usar EVPN + SRv6 em alguns destes equipamentos. Foi identificada a necessidade de pequenas correções para avançar em volume, conforme explicou Sirota.

O gerente de engenharia e infraestrutura do Brasil Internet Exchange (IX.br) detalhou que hoje existem seis 6 participantes utilizando portas de 400GE e o transceiver utilizado é QSFP-DD 400G-LR4. Atualmente, há portas liberadas na Equinix-SP4 e em outros PIX, conforme demanda. E ainda não se tem previsão de termos portas de 400G em outras localidades em 2025.

Falando sobre transceivers de 100G, ele atualizou que, atualmente, o padrão dentro de datacenters é o 100G-LR4 (4 x 25G) e que estará disponibilizando também o 100G-LR1 (1 x 100G) em algumas localidades — 100G-LR1 pode ser gerado a partir do break-out de interfaces de 400G e 100G-LR1 deve ter um preço melhor que o 100G-LR4. “100G é o novo 10G”, ressaltou, completando que têm situações em que o participante precisa se conectar com distâncias maiores que 10 km e que serão disponibilizadas de maneira pontual transceivers 100G para 20 km e 40 km.

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