No Brasil, mercado de PCs terá troca de máquinas em 2018
As vendas de computadores pessoais no Brasil devem crescer a um ritmo menor em 2018, após expansão de 15% em 2017 que veio após cinco anos de quedas, afirmou a empresa de pesquisa de mercado IDC, nesta terça-feira, 20/3.
Do total de PCs vendidos no quarto semestre do ano passado, 66% foram notebooks (970 mil, 4% a mais que no mesmo período em 2016) e 34% desktops (509 mil, 19% de crescimento em relação ao quarto trimestre do ano passado). Nos resultados anuais, no entanto, o crescimento maior foi dos notebooks, 26%, contra 13% dos desktops.
Em termos de receita, as vendas no último trimestre de 2017 somaram R$ 3,33 bilhões. Em todo o ano, a receita foi de R$ 11,73 bilhões, o que representa um crescimento de 3,3%; o preço médio de um PC caiu 10,5%, de R$ 2524 em 2016 para R$ 2262 em 2017, o que explica a diferença de crescimento em unidades e em receita. A redução nos preços se deve à cotação mais favorável do dólar, além das ofertas que impulsionaram as vendas durante o ano.
As projeções para 2018 indicam um crescimento de 2%, com vendas em torno de 5,3 milhões de máquinas, ainda como reflexo da recuperação da economia e da estabilidade política, do aumento da confiança do consumidor e das empresas, e da demanda reprimida nos últimos anos.
“A tendência é mais de troca de equipamentos para atualização do que compra da primeira máquina, e isso se reflete também no tipo de equipamento vendido – há uma maior preocupação com qualidade e menos procura por produtos de entrada”, analisa Hagge, que acrescenta que a tendência do mercado de PCs, no mundo e no Brasil, é de estabilização.