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Open Gateway: plataforma do Itaú registra mais de 5 milhões de consultas a APIs

Iniciativa reforçou a segurança para o cliente, diz a head do Itaú, Flavia Maia. Já o Head de data analytics da Claro Empresas, Ageu Dantas, diz que o Open Gateway foi disruptivo na relação bancos e operadoras de telecomunicações.

Cobertura especial . Febraban Tech 2025

Em painel realizado pela Claro Empresas, nesta terça-feira, 10/6, na Febraban Tech, a head de Open Gateway do Itaú Unibanco, Flavia Maia, e o head de Data Analytics e Messing da Claro Empresas, Ageu Dantas, debateram o impacto da iniciativa Open Gateway.

Desde que foi introduzida pela GSMA, associação global das operadoras de telecomunicações, a iniciativa tem promovido um canal de colaboração entre operadoras e outras indústrias, como os bancos, permitindo o desenvolvimento de soluções inovadoras e seguras. Um exemplo dessa evolução é o Itaú Unibanco, que começou a explorar o Open Gateway em 2023.

De acordo com Flavia Maia, a prioridade sempre foi a segurança do cliente, especialmente no ambiente do aplicativo móvel. “Quando a GSMA inaugurou essa iniciativa, vimos um grande potencial para incluir camadas adicionais de segurança. Com o surgimento das APIs, ficou claro que o potencial era diverso e poderia ser explorado em várias áreas da instituição”, afirmou Flavia.

Ela lembra que a sinergia entre os setores bancário e de telecomunicações tem permitido criar APIs eficientes e seguras. Um passo crucial foi a criação de uma plataforma interna no Itaú, projetada para facilitar o consumo das APIs pelas diferentes áreas do banco, uma solução que se mostrou essencial para garantir uma integração fluida e sem atritos. “Entendemos que era preciso construir um hub, uma plataforma que fizesse a jornada fluida, transparente e sem fricção para a entrega de uma solução completa”, explicou.

Assim, nasceu o IU OpenGateway, que hoje já registra 5 milhões de consultas mensais a APIs, tornando-se uma peça fundamental para otimizar operações e explorar novas possibilidades. “Entendemos que era preciso um lugar seguro onde nossas áreas de negócio pudessem consumir as APIs de forma segura”, ressaltou.


Benefícios ao cliente

A executiva diz que hoje o banco consegue trazer para o cliente segurança em suas transações, já que a integração com as operadoras permite confirmar se a pessoa que está entrando em contato com o banco é de fato o cliente. “Isso é feito de forma transparente e rápida. Conseguimos trazer esse benefício, com uma precisão de contato muito maior”, afirmou, lembrando que o uso da APIs já trouxe 15% de aumento na acuracidade da base.

Flavia revelou que sua área tem hoje uma lista de 36 APIs com as quais pretende trabalhar. “Antes queremos consolidar o IU OpenGateway como o hub de distribuição e consumo dessas APIs, para depois fazer a inclusão de novas APIs. Esse é um caminho muito promissor”, enfatizou.

Nessa jornada, o próximo passo será a adoção de APIs de geolocalização. “Já iniciamos alguns testes com APIs de QoD (Quality on Demand) e eles mostraram aumento de 30% na qualidade de rede onde foram ativadas. Nesse cenário a Claro é um parceiro muito importante para a distribuição interna dessas APIs”, contou, ressaltando que priorizar a rede do cliente será um passo importante para o banco.

Por conta de iniciativas como essa, Ageu Dantas, da Claro Empresas, destacou que o Open Gateway tem sido disruptivo na maneira como o setor de telecomunicações se relaciona com os bancos. Ele afirmou que o Itaú Unibanco é um dos pioneiros no mundo nessa área, com foco especial na segurança e na experiência do cliente.

“Com a adoção crescente do Open Gateway, o cenário aponta para um futuro em que a colaboração entre setores será cada vez mais robusta, promovendo inovações que beneficiem não apenas as empresas, mas principalmente os clientes, com serviços mais seguros, transparentes e eficazes”, afirmou.

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