Mercado

Órgãos antitruste miram práticas anticompetitivas em chips e na IA generativa

O Brasil acompanha ainda de longe investigações abertas por órgãos antitruste em outros países, como no Reino Unido, que apuram o impacto da concentração de meios para produção das novas gerações de ferramentas de ingeligência artificial. 

Como apontado pelo conselheiro do CADE Victor Fernandes, ao participar do 4 Congresso Brasileiro de Internet, promovido pela Abranet em 6/6, a questão envolve o efeito anticompetitivo de poucas empresas deterem dados, chips e capital humano. 

“Diversas autoridades de concorrência têm começado a analisar os modelos fundacionais de IA generativo. O CADE não tem investigações, mas no plano teórico, o que essas autoridades de concorrência têm discutido é como a cadeia de valor dos modelos de IA generativa pode apresentar problemas de concentração de mercado. E três tipos de ativos são muito importantes. Primeiro, ter uma base de dados enorme; muito poder computacional, como unidades de processadores gráficos; e também o capital humano, que pode ser escasso, pode ser poucos cientistas e poucos grandes talentos dentro da indústria. O que as autoridades de concorrência estão discutindo é o controle desses inputs essenciais pode gerar problemas concorrenciais na cadeia de valor”, explicou Fernandes.

O conselheiro do Cade observa que a discussão ainda é muito inicial e exploratória por parte das autoridades de concorrência e principalmente no âmbito desses fóruns, mas já há uma mobilização real. “Os modelos de IA generativa são uma tecnologia de propósito geral, podem ser utilizadas para diversos mercados, então claro que eventuais problemas de concentração de mercado no desenvolvimento de modelos computacionais pode gerar preocupações e riscos econômicos para variados setores. É o que está sendo explorado”. Assistam a entrevista.


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