Pesa no bolso, mas empresas brasileiras querem dados armazenados no país

Apesar do aumento nos custos operacionais da localização de dados, 90% das organizações entrevistas pela Cisco no estudo de Privacidade de Dados 2025 (Data Privacy Benchmark Study) consideram o armazenamento local inerentemente mais seguro, enquanto 91% (um aumento de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior) confiam nos provedores globais para uma melhor proteção de dados.

Esses dois pontos de vista refletem o cenário complexo da privacidade atual: os provedores globais são valorizados por suas capacidades, mas o armazenamento local é percebido como mais seguro. No Brasil, 92% dos entrevistados acreditam que os dados são inerentemente mais seguros se armazenados localmente.

“O direcionamento pela localização de dados reflete o crescente interesse pela soberania digital”, disse Harvey Jang, Chief Privacy Officer da Cisco. “No entanto, uma economia digital global próspera depende de fluxos de dados transfronteiriços confiáveis.

Conduzido em 12 países e com insights de 2.600 profissionais de privacidade e segurança, a oitava edição do estudo demonstra a crescente importância de estabelecer bases sólidas de privacidade de dados para liberar todo o potencial da IA. “Privacidade e governança adequada de dados são fundamentais para uma IA responsável”, disse Dev Stahlkopf, Chief Legal Officer da Cisco. “Para as empresas que buscam se preparar para a IA, os investimentos em privacidade estabelecem uma base essencial, ajudando a acelerar uma governança eficaz da IA.”

O levantamento mostra que no Brasil, 97% das empresas consideram que os investimentos em privacidade geram retornos positivos, os orçamentos de TI têm mudado para atender as necessidades urgentes de IA. A média global é de 96%. Como resultado, há um foco crescente em investir em processos de governança de IA. Dos entrevistados brasileiros, 99% anteciparam a realocação de recursos de privacidade para iniciativas de IA no futuro; o mesmo índice do patamar global (99%).