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Polícia caça mais hackers e diz que desvio milionário aconteceu em apenas 2 horas e meia

Depois da prisão de um funcionário da TI da C&M Software, a polícia conseguiu o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber os valores desviados no ataque hacker, considerado o maior da história do sistema financeiro brasileiro.

A Polícia Civil de São Paulo informou que nesta sexta-feira, 4/6, foi deferido pela Justiça o bloqueio de R$ 270 milhões de uma conta utilizada para receber os valores milionários desviados no ataque hacker à C&M Software, empresa que conecta instituições financeiras ao sistema do Pix, no Banco Central.

Segundo nota da Polícia Civil, a medida tem “cunho reparatório”. Segundo a instituição, trata-se da maior invasão hacker do país, com prejuízo de R$ 541 milhões, apenas no BMP. Mas outras instituições financeiras foram afetadas, mas não tiveram os valores revelados.

Segundo nota da corporação, a prisão do suspeito, de 48 anos, ocorreu na casa dele, na região de Taipas, zona norte da capital paulista. Trata-se de João Nazareno Roque, funcionário da própria C&M e que teria dado acesso pela máquina dele ao sistema sigiloso para os hackers que efetuaram o ataque.

Em depoimento à polícia, Roque disse que recebeu R$ 15 mil pela senha e para criar um sistema que permitiu o acesso ao sistema pelos hackers.Ele relatou ainda que só se comunicava com os criminosos por celular e não os conhece pessoalmente. Além disso, contou que trocou de celular a cada 15 dias para não ser rastreado.

“Ele foi um facilitador do golpe, ajudando outros integrantes do esquema a invadir o sistema. Agora estamos atrás dos outros envolvidos”, afirmou o delegado Paulo Eduardo Barbosa, responsável pelas investigações. A C&M Software, depois da prisão do funcionário, nega que tenha sido a origem do ataque e diz que a invasão teria ocorrido por meio de engenharia social.


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