Polícia Civil de Goiás desmantela quadrilha que movimentou R$ 164 milhões em fraudes cibernéticas
Operação Deep Hunt desarticulou prática de crimes cibernéticos envolvendo lavagem de capitais e aquisição de dados bancários na dark web, com a ajuda da Binance, plataforma de criptomoedas.

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) desarticulou uma sofisticada associação criminosa envolvida em fraudes cibernéticas e lavagem de dinheiro, que movimentou R$ 164 milhões, com a deflagração da Operação Deep Hunt. O trabalho de investigação contou com o apoio da Binance, plataforma de criptomoedas.
O esquema ilícito buscava interligar a economia paralela da dark web ao sistema financeiro tradicional, em uma tentativa de ocultar a origem dos recursos. Por meio de tecnologia e inteligência de dados, a Binance colaborou com as autoridades na identificação de transações suspeitas.
As investigações duraram cerca de um ano e meio e tiveram início após a identificação de transações de usuários brasileiros com carteiras virtuais ligadas a marketplaces ilegais da dark web. Esses ambientes clandestinos comercializavam dados bancários, cartões de crédito clonados e documentos falsos. A organização utilizou técnicas de anonimização, fragmentação de valores e contas de fachada para ocultar a origem dos recursos.
A operação foi conduzida pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), com apoio da Gerência de Inteligência de Sinais e do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro, além do time global de investigação da Binance, que identificou transações suspeitas com criptoativos e forneceu suporte técnico especializado.
“Atuar na prevenção e repressão a desvios pontuais é importante para preservar a confiança em um setor legítimo, inovador e cada vez mais integrado ao sistema financeiro global”, afirmou Guilherme Nazar, vice-presidente Binance para a América Latina.
Durante a operação, foram cumpridos 41 mandados de prisão temporária e 43 de busca e apreensão em oito municípios de Goiás, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, com a mobilização de 180 agentes.
Entre os materiais apreendidos estão documentos falsificados, impressoras, máquinas de cartão, drogas e armamentos. Os investigados responderão por crimes como furto qualificado mediante fraude, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro com utilização de ativos virtuais e associação criminosa.