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Prontidão para IA: se está fora do seu planejamento, corre atrás!

Equilibrar as necessidades atuais e os objetivos futuros; saber abraçar o risco e aceitar falha. O planejamento para a prontidão da IA não é nada simples e exige atenção.

Equilibrar as necessidades atuais e os objetivos futuros; saber abraçar o risco e aceitar falhas; estabelecer uma abordagem ética e investir em aprendizado contínuo: o planejamento para a prontidão da IA não é simples e deve levar em consideração esses — e outros — pontos. O quarto capítulo do guia de estratégia de IA, que o SAS produziu em conjunto com MIT SMR Connections, aborda justamente o planejamento necessário para preparar a companhia para um melhor uso de IA. (confira aqui)

Até porque a inteligência artificial está se tornando cada vez mais componente essencial para praticamente todos os tipos de negócios — e sua importância provavelmente aumentará no futuro próximo, com IA estando presente em todos os lugares, como assinalou Beena Ammanath, diretora-executiva do Deloitte AI Institute.

Segundo a executiva, nos próximos dez anos, os acessos as infraestruturas e a velocidade da computação permitirão que as organizações escalem a IA como nunca antes. O resultado será um mundo mais conectado e que pode incluem cadeias de suprimentos autogerenciadas; call centers que sabem o que os clientes precisam antes de ligar; níveis extremos de personalização de produtos individuais e até satélites que podem prever crises relacionadas ao clima para melhorar os tempos de aviso e resposta.

Um enorme desafio de IA enfrentado por todas as organizações é como gerenciar as iniciativas de hoje enquanto também se faz o planeja o que virá pela frente. Nesse sentido, as companhias precisam se atentar para um aspecto muitas vezes esquecido da IA que pode ser chamado de “a lacuna de expectativa”. Trata-se da diferença entre o que as pessoas esperam de uma solução de IA específica e como ela realmente opera.


Essa lacuna pode ser uma consequência do fato de que, em muitos casos, as equipes de IA ainda estão descobrindo como as soluções funcionam — e isso enquanto elas estão sendo implantadas. Ritu Jyoti, vice-presidente de programas da Worldwide Artificial Intelligence and Automation Research Practice e líder global de pesquisa de IA na IDC, explica que, com a IA, há muitas incógnitas. Por isso, a cultura na implantação é muito importante: não pode haver penalidade por qualquer tipo de tomada de risco no início do processo.

Com a implantação tomando forma, estabelecer uma abordagem ética é fundamental. Organizações de todos os tipos e tamanhos, em todos os setores, estão preocupadas com questões éticas relacionadas à IA, desde garantir justiça para evitar preconceitos e para proteger a privacidade.

Na visão do consultor independente Pritam Bhavnani, a ética é uma questão mais ampla que se estende muito além da equipe de IA. Para ele, a cultura da empresa é definida pela liderança, uma vez que o tom a ser adotado vem no topo e deve ser reforçado regularmente e constantemente para garantir que se está sendo ético em tudo o que faz, não apenas no elemento de IA. 

A abordagem ideal para lançar iniciativas de IA hoje e no futuro inclui a definição das prioridades de curto e longo prazos; a capacitação dos funcionários para inovar; a criação de uma cultura de aprendizagem ao longo da vida; do aprendizado a gerenciar mudanças continuamente; do desenvolvimento de prática ética de IA; do estabelecimento de responsabilidades pela supervisão ética; do investimento na qualificação; da construção de uma comunidade de prática; e do estabelecimento de um centro de excelência ou outro mecanismo para que os membros da equipe de IA busquem assistência e compartilhem o que sabem.

   

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