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SAS: Brasil fica na 11ª posição no uso de Inteligência Artificial Generativa

O Brasil está na 11ª posição no ranking mundial de adoção de Inteligência Artificial Generativa, de acordo com pesquisa feita pelo SAS, com 1600 empresas de todo o mundo. A China lidera com larga folga, quase 83%. O Reino Unido aparece na segunda posição com 70% e os EUA, na terceira posição com 65%. A média mundial de adoção está em 54%. No Brasil, fica em 46%.

Em entrevista à CDTV, do Convergência Digital, a customer advisor do SAS, Lyse Nogueira, diz que é preciso ter cautela para analisar esses percentuais. Segundo ela, a IA generativa é uma tecnologia nova, as empresas brasileiras querem a sua adoção, enxergam o benefício, mas adotam uma precaução maior até por conta dos custos.

“Não há dúvida que o taxímetro de implantar uma nova tecnologia está rodando sempre. Para mim, é mandatório que uma organização defina políticas claras de adoção. Nem todas as pessoas têm o mesmo senso comum. O óbvio precisa ser dito para o bem do negócio. Tecnologia custa e tecnologia nova custa mais ainda”, afirmou Lyse Nogueira.

A pesquisa do SAS ouviu 100 entrevistados no Brasil. O relatório aponta que entre as empresas que já usam ou estão implementando a IA generativa, menos da metade 47% têm um caso de uso de IA generativa. Esse é um dos três menores percentuais do estudo – ficando à frente só da Itália (32%) e grupo Bélgica/Países Baixos/ Luxemburgo, com 31%.

Um dos pontos mais complexos do estudo é a dificuldade de as empresas enxergarem o retorno do investimento (ROI) – no Brasil essa preocupação chega a 51%, enquanto na média global esse percentual cai para 39%. Boa parte dos entrevistados brasileiros também admitiu a falta de conhecimento pleno da IA generativa.


A transição do teórico para o prático também é vista como uma dificuldade a ser superada no mercado brasileiro. Cinquenta e um por cento dos entrevistados admitem que integrar a IA generativa ao dia a dia do negócio não é tarefa simples. Também são dores e preocupações a privacidade dos dados (91%), segurança dos dados (81%) e governança (69%).

Entre quem já adotou a IA generativa, 93% dizem que a tecnologia melhorou a experiência e a satisfação dos funcionários; 87% afirmaram que os custos operacionais foram reduzidos e 76% disseram que a retenção de clientes aumentou. Ao ser questionada pelo Convergência Digital, Lyse Nogueira, falou ainda sobre o temor da alucinação da IA generativa. “LLM é um modelo matemático. É impossível dizer que não haverá alucinação. É possível mitigar, mas garantir, não”. Assistam a entrevista com Lyse Nogueira, customer advisor do SAS Brasil.

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