Soberania de dados desafia empresas brasileiras na migração à nuvem
Os gastos com infraestrutura corporativa (servidores e armazenamento) vão superar IS$ 1,1 bilhão este ano, sendo que cerca de 32% serão destinados à Inteligência Artificial.


Por Roberta Prescott
A inteligência Artificial vai requerer recursos para sua execução, seja na modalidade de infraestrutura como serviço na nuvem (IaaS), em datacenters próprios (on-premises) ou em datacenters comerciais, mas modelos digitais de negócios continuam demandando soluções mais performáticas e resilientes, consumindo mais infraestrutura, observou o diretor da IDC para o mercado corporativo na América Latina, Pietro Delai, durante a IDC Predictions Brazil 2025, realizada no dia 12 de fevereiro.
Além disso, adicionou o executivo, a soberania digital ganha força em regiões como Europa e Ásia e está crescendo na América Latina. De acordo com a IDC, 42% das empresas brasileiras apontam a soberania de dados como um dos desafios para migrar soluções para a nuvem. Com o aumento da demanda, Delai assinalou que as gestões da infraestrutura híbrida da multicloud vão requer dedicação. “Crescer a equipe não será a solução em muitos casos; automação deve ser o foco.”
Pesa para mais infraestrutura o fato de que o movimento de migração do básico chatbot para RAG (retrieval-augmented generation) e agentes vai acelerar, demandando mais infraestrutura. O total de gastos previsto com infraestrutura corporativa (servidores e armazenamento) vai superar US$ 1,1 bilhão em 2025, sendo que cerca de 32% desse total será direcionado para casos de uso de IA.
Segundo a IDC, atualmente, na visão dos executivos de TI brasileiros, 31,2% de seus workloads estão em ambiente on-premises e a maioria dessas lideranças (46%) acredita que suas despesas com esse tipo de ambiente devem crescer ao longo de 2025.