Software brasileiro tem futuro ameaçado por falta de pessoas qualificadas
As empresas de software no Brasil têm o futuro ameaçado por falta de profissionais capacitados, adverte Solemar Andrade, CEO da Plusoft, empresa brasileira especializada em soluções Omnichannel de Customer Relationship Management (CRM) para todos os mercados (seguros, alimentação, telecomunicações, financeiro, entre outros).
“O Brasil não precisa ser celeiro de mão de obra. Não temos que ser um BPO como a Índia, pelo contrário. Nós temos capacidade para fazer tecnologia. Mas padecemos da falta de política pública e de ensino na base. Há 20 anos falo isso e nada de concreto aconteceu”, lamentou o executivo, em entrevista ao Convergência Digital.
Andrade sustenta que o maior entrave para o Brasil e para o mundo são pessoas. Ele lembra que o gap por profissionais só aumentou por conta da digitalização à força provocada pela pandemia de Covid-19. “O Brasil podia estar exportando muito software, mas como se não temos nem mão de obra para atender ao mercado interno?”, indagou.
O CEO da Plusoft lembra que tecnologia está em alta nas bolsas do mundo porque vende o futuro. “Essa é a razão maior de o Brasil investir em quem faz tecnologia. Mas infelizmente isso não acontece como deveria. As empresas tomaram a rédea e tentam suprir a falta de mão de obra fazendo a base. Mas precisamos de mais. Há muita grana represada no mundo por conta da depressão da economia global. Se o Brasil quer atrair esses investimentos, precisa fazer muito mais em tecnologia”, sinaliza. Assistam a entrevista com o CEO da Plusoft, Solemar Andrade.