Tablets têm alta de 1% em ano desastroso para PCs

“A demanda por tablets permaneceu saudável apesar da piora das condições econômicas”, disse Himani Mukka, analista da Canalys. “A Apple, líder de mercado, ajudou a impulsionar o crescimento geral com o lançamento de novos produtos premium, mostrando que os clientes responderão positivamente à inovação atraente no espaço. Descontos e promoções significativos impulsionados por fornecedores e varejistas durante as festas de fim de ano também ajudaram a estimular a demanda, pois os consumidores procuravam esticar seus orçamentos. No entanto, na frente comercial, tanto as empresas quanto os governos adotaram uma abordagem mais cautelosa em relação aos gastos com TI, suspendendo alguns planos de transformação digital que incluiriam a compra de tablets”.

“Apesar do declínio em relação a 2021, os volumes de remessa de tablets em 2022 estavam bem acima dos níveis pré-pandêmicos e as oportunidades de crescimento futuro permanecem intactas”, acrescentou Mukka. “A necessidade de digitalização educacional continua alta nos mercados em desenvolvimento, que geralmente preferem tablets em vez de notebooks devido às vantagens de preço e conectividade. Os fornecedores estão se esforçando para entrar nesse segmento e obter uma vantagem pioneira. Os tablets também viram algum interesse renovado e inovação na CES 2023, com foco em melhorias na produtividade e experiências premium do usuário. Trabalhadores em movimento, prosumers, pontos de contato com clientes e hubs de conferência de escritório representam fronteiras comerciais onde os tablets provavelmente terão tração.”

Embora os Chromebooks tenham sofrido um sexto trimestre consecutivo de declínio, a queda no quarto trimestre de 2022 foi mais suave do que nos cinco trimestres anteriores, com as remessas caindo apenas 10% ano a ano. “Grandes descontos no varejo e um impulso nas compras escolares trouxeram algum alívio ao mercado de Chromebooks”, disse Ishan Dutt, analista sênior da Canalys. “Mas as remessas totais em 2022 caíram quase 50% em relação a 2021, enfatizando a extensão em que um ‘retorno ao normal’ afetou a sorte do segmento. Com a expansão para ambientes comerciais permanecendo um desafio e os gastos do consumidor definidos para serem restritos, os fornecedores de Chromebook aguardam o ciclo de atualização educacional em mercados importantes, como EUA, Japão e Europa, para ajudar a impulsionar volumes significativos novamente. Com a pressão atual sobre os orçamentos do setor público, a Canalys espera que este ano traga apenas bolsões de oportunidade, já que a liberação de estoque de curto prazo continua sendo um foco para fornecedores e o canal antes da temporada de volta às aulas. É provável que um crescimento significativo ocorra apenas em 2024, quando os dispositivos comprados durante o pico da pandemia chegarem ao fim de suas vidas úteis. Haverá também uma oportunidade de fornecer produtos de maior valor, pois alunos e professores desenvolveram expectativas mais fortes para dispositivos que estão sendo usados ​​com tanta frequência. Com os currículos digitais firmemente incorporados nos sistemas educacionais, a demanda de longo prazo por Chromebooks deve ser consistente e cíclica.”

A HP recuperou o primeiro lugar no ranking de Chromebooks e foi o único fornecedor a crescer no quarto trimestre de 2022, com um aumento de 117% nas remessas ano a ano, para pouco mais de um milhão de unidades. A Acer caiu para o segundo lugar, registrando 710.000 remessas no trimestre, após uma queda de 22%. O restante dos cinco primeiros permaneceram inalterados em relação ao terceiro trimestre de 2022, com a Lenovo em terceiro lugar com 550.000 unidades vendidas, uma queda de 27%. Dell e Asus ficaram em quarto e quinto lugar, registrando quedas de 25% e 37%, respectivamente.

No mercado total de PCs (desktops, notebooks e tablets) no quarto trimestre de 2022, a Apple ficou em primeiro lugar com 25,5 milhões de unidades vendidas, crescendo 5% ano a ano e expandindo sua participação de mercado para 24%. A Lenovo terminou em segundo lugar, cedendo o primeiro lugar para a Apple no mesmo período do ano passado, com 17,9 milhões de aparelhos vendidos e uma queda anual de 32%. HP e Dell ficaram em terceiro e quarto lugares, com 13,2 milhões e 10,9 milhões de unidades vendidas, respectivamente. A Samsung, apoiada pelo crescimento do tablet, completou os cinco primeiros com 6% de crescimento ano a ano e 8,3 milhões de dispositivos vendidos.