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Tecnologia está longe de substituir o professor na sala de aula

Professores capacitados são um elemento-chave para massificar a cidadania digital, sustentam especialistas que participaram de Webinar promovido pelo Convergência Digital. É proibido proibir por proibir, mas é preciso criar limites no uso das ferramentas digitais.

A tecnologia faz parte da realidade diária de milhões de alunos e professores em todo o Brasil. Nada mais importante que as oportunidades do universo online serem traduzidas em cidadania digital. O tema foi debatido no webinar “Formação do professor e o impacto da tecnologia na sala de aula”, promovido pelo Convergência Digital, nesta terça-feira, 4/6, com patrocínio da Fundação Telefónica Vivo.

“O professor precisa de suporte, se sentir seguro, e isso tem relação ao acesso à equipamento e à conectividade, mas também ao  tempo dedicado ao seu desenvolvimento e a sua formação, numa somatória de elementos par aa melhor forma de uso da tecnologia em prol da aprendizagem dos estudantes”, afirmou a gerente de projetos educacionais da Fundação Telefônica/Vivo, Lia Roitburd.

O gerente geral de inovação da secretaria de educação de Recife-PE, Marcelo Dantas, reforçou a necessidade de investir na formação do professor como um facilitador ao conhecimento digital. “Aqui em Recife estamos, neste momento, criar um componente curricular de tecnologia e inovação, o qual inicialmente será direcionado para as escolas de anos finais, as escolas de tempo integral, mas já há um planejamento para progressivamente chegar aos anos iniciais”, adicionou.

Em Mato Grosso,, a estratégia também foi garantir estrutura e capacitação e não apenas na capital Cuiabá. Mas em cidades como Confresa, que fica a 1100 km.  “De um lado, a insegurança do professor vinha pela falta de formação e pela questão da estrutura. Na questão da estrutura, temos um esforço muito grande no Mato Grosso, que é a conectividade e os materiais. Hoje, aqui em Confresa, temos salas com Chromebooks, com internet e com televisões de 35 polegadas. Então, o professor, na questão da estrutura, está amparado. E com à formação das competências digitais, o professor também ganha esse incentivo. Essa questão de estar, também, propriamente habilitado para trabalhar na questão da digitalização na sala de aula”, contou o professor Fernando Vieira, da secretaria de educação do estado e formador de gestão em Confresa.

Para ajudar os docentes, o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (CIEB) disponibiliza o Guia EduTec (www.guiaedutec.com.br/educador) uma ferramenta online e gratuita que faz um diagnóstico do nível de adoção de tecnologia educacional por professores e escolas de redes públicas de ensino – e mais de 146 mil professores já usam.


“A tecnologia faz parte do dia a dia e o estudante está vivendo isso. Então, quando se fala em cidadania digital, o professor precisa desenvolver e trazer para o estudante a melhor forma de usar isso, não só em sala de aula, mas no dia a dia dele, na rede social, para ter acesso a direitos, garantindo ética, responsabilidade, cuidado”, diz a gerente de articulação e fomento a políticas públicas do CIEB, Izabella Cavalcante. 

Os painelistas também falaram sobre fake news, cidadania digital, algortimos e inteligência artificial e foram taxativos: professores precisam entender como lidar com essas novas ferramentas. O professor Fernando Vieira toruxe um dado preocupante, ao afirmar que muitos alunos estão com crise de ansiedade e os casos de cyberbulling cresceram, e não apenas entre alunos, mas também envolvendo professores.

“Sou professor de Matemática e uso a Internet para dar uma aula de geometria mais atraente. Mas temos que admitir que professor e aluno precisam entender como usar a rede social e a força da Internet no dia a dia. A construção da cidadania digital passa por essa melhor compreensão”, completou. Assista a íntegra da Live.

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