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TIM: Com insumos nacionalizados, tarifaço de Trump preocupa mais no preço final dos smartphones

TIM registra o melhor resultado financeiro da sua história no país.

O mundo segue vivendo a instabilidade causada pelo tarifaço imposto pelo governo Trump e seus impactos na economia global. A situação é preocupante, especialmente, por conta da macroeconomia mundial, mas do ponto de vista do dia a dia, a TIM diz que o maior temor é o aumento de custo dos smartphones.

“Acabamos de fechar os contratos de rede com a Nokia, europeia, e com a Huawei, chinesa, para a expansão da rede 4G e 5G. Os contratos já foram assinados. Nós não importamos nada direto dos Estados Unidos. Isso nos dá uma situação confortável”, afirmou o CEO da TIM, Alberto Griselli, em coletiva de imprensa para falar sobre os resultados do primeiro trimestre de 2025.

Os smartphones são um capítulo à parte. Mesmo com o aumento da concorrência – fabricantes chineses desembarcam no Brasil como a Vivo, que virou Jovi no país – há um temor real de aumento de preço por conta das tarifas. A Apple, que tem a maior parte da sua produção na China, desponta como a mais afetada, mesmo transferindo sua produção para a Índia. ” Temos uma demanda maior por smartphones 5G no mundo. Os preços estão caindo, mas ainda precisamos ver como será essa parte de insumos. Isso pode criar problemas”, observa Griselli.

A CFO da TIM, Andrea Viegas, afirmou que em infraestrutura e serviços, 90% dos nossos insumos são nacionalizados. “Sabemos que o mercado tem suas dinâmicas. Mas estamos resguardados nesse momento. Na questão macro da economia, temos de esperar para entender o cenário”, pontuou. Griselli ao ser indagado se haveria alguma mudança com os investimentos, reafirmou que o compromisso segue o mesmo – R$ 4,4 bilhões para 2025.

Resultados


A TIM encerrou o primeiro trimestre de 2025 com receita líquida de R$ 6,39 bilhões, alta de 4,9% na comparação anual e lucro recorde para um primeiro trimestre. O resultado foi impulsionado pelo desempenho da operação móvel, cuja receita de serviços somou R$ 5,92 bilhões, com crescimento de 5,6%% frente ao mesmo período de 2024.

A receita com serviços fixos totalizou R$ 319 milhões, recuo de 4,1% no comparativo anual. A linha de fibra TIM Ultrafibra respondeu por R$ 218 milhões desse total. O EBITDA normalizado da companhia alcançou R$ 3,08 bilhões, avanço de 6,7% sobre o mesmo período de 2024. A margem EBITDA normalizada foi de 48,2%, a maior já registrada para um primeiro trimestre, segundo a operadora.

O lucro líquido normalizado chegou a R$ 810 milhões, crescimento de 56% na base anual. A TIM afirma que este também é o melhor resultado para o período em sua história, refletindo a combinação entre expansão de receitas e controle de custos.

A base total de clientes móveis da TIM foi de 62 milhões em março de 2025. O segmento pós-pago registrou crescimento de 9,5% A/A, atingindo 30,7 milhões de linhas. Já o ARPU móvel (receita média por usuário) atingiu R$ 31,90, com alta de 5% sobre o começo do ano anterior. A operação de banda larga fixa (TIM Ultrafibra) contava com 790 mil acessos no fim do trimestre, número estável em relação ao trimestre anterior. O ARPU da fibra foi de R$ 93,20.

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