A demanda crescente por data centers, impulsionada pela inteligência artificial, deve superar a infraestrutura computacional existente em 2025, adverte estudo da consultoria Oppenheimer.
“Os hiperescaladores ainda estão presos em uma guerra LLM, onde há escassez de infraestrutura para treinamento (de modelos de linguagem), o que está ajudando na precificação do data center”, disse Timothy Horan, analista da Oppenheimer. “Provavelmente ficaremos sem capacidade no próximo ano. Todos estão tentando equilibrar latência, custo e precisão, que muitas vezes exigem modelos menores”, acrescentou.
Além de gigantes como Microsoft, Amazon Web Services (AWS) e Google, a Oppenheimer acrescenta que a corrida pelos data centers também conta com nomes menos conhecidos, apesar de listados nas bolsas americanas, como Cogent Communications, DigitalOcean, Equinix e Cloudflare, além de Amdocs, NICE e Verint Systems.
No mês passado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou linha de crédito específica para investimento em data centers no país, com orçamento de R$ 2 bilhões. A nova linha de crédito é formada por recursos do BNDES e do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, gerido pelo Ministério das Comunicações. Para projetos nas regiões Norte e Nordeste, a taxa de juros é a partir de 6,13%. Demais regiões, a taxa a partir de 8,5%.
O objetivo é investir na implantação de data centers, ambientes que processam, armazenam, tratam e distribuem dados no ambiente digital. Até 2030, a estimativa é que o volume de dados alcance 600 trilhões de gigabytes no mundo, exigindo cada vez mais infraestruturas para essa finalidade.