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Vale contrata TIM para fazer redes 4G e 5G. Vivo era a fornecedora única das redes privativas 4G

Valor do contrato - que pode ser milionário - nem o tempo de duração foram revelados pelas partes. "Quem decide se a rede 4G ou 5G da TIM vai substituir (rede da Vivo) ou colocar rede nova é a Vale", diz Fábio Avellar, vice-presidente de Receitas da TIM. Acordo assegura à TIM, contratos de serviços com todos as grandes mineradoras do Brasil.

o dia em que anunciou um lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 50% em relação ao mesmo período de 2024, a TIM divulgou que fechou um contrato coma Vale para levar 4G e 5G nas operações da mineradora no Brasil. Até então, a Vale tinha um contratos com a Vivo para uso do 4G, assinados em 2019 e em 2023. A soma deles foi orçada em R$ 281 milhões.

Embora não tenha divulgado detalhes sobre o contrato – entre eles o tempo de duração e o próprio valor financeiro do acerto – que pode ser milionário – entre as empresas – o vice-presidente de Receitas da TIM, Fábio Avellar, disse que a Vale quer avançar com 4G para cobrir as ‘suas lacunas de cobertura’ e também colocar 5G para conectar dispositivos e soluções que demandam maior capacidade de rede e conexões velozes.

“Quem decide se vai substituir a rede atual (que é a da Vivo) ou colocar uma rede nova será a Vale. Nós estamos prontos para fazer o que a Vale decidir”, frisou Avellar, em entrevista à imprensa sobre os resultados financeiros do terceiro trimestre, nesta terça-feira, 4/11.

Indagado pelo Convergência Digital se há no contrato a possibilidade de uso do 5,5G – uma vez que a Huawei anunciou na China que havia negociações para uso de caminhões autônomos com a mineradora – o presidente da TIM, Alberto Griselli, disse que o 5,5G ainda está numa fase experimental no Brasil. “Nosso contrato é para 4G e 5G. Mas se a Vale quiser, poderemos testar o 5,5G já que estamos fazendo os nossos testes. Mas é uma tecnologia nova e não está neste contrato. A China está mais avançada”, observou.

De acordo com a TIM, o setor de mineração é um dos focos do braço de negócios dedicado a conectividade para empresas (B2B). A tele já tem oito grandes clientes em mineração, incluindo a Anglo American e a Alcoa. A expectativa da TIM é encerrar o ano com aproximadamente 120 clientes ativos em B2B, dos quais mais de 20 novos clientes estratégicos assinaram contrato ao longo de 2025.


A receita total contratada de B2B totalizou R$ 435 milhões no terceiro trimestre, segundo balanço financeiro. Deste total, 34% vêm de parceiros no setor agrícola, 42% de logística e 22% dos projetos de infraestrutura básica (energia, água, gás e saneamento).

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