“Vamos ser atacantes no mercado de TI”, afirma Corsini, da DXC Technology
No último dia 03 de abril, surgiu, oficialmente a DXC Technology, resultado da fusão entre a unidade de serviços da Hewlett Packard Enterprise (HPE) e a Computer Sciences Corporation (CSC). A companhia desponta como a terceira maior prestadora de serviços de TI – ficando atrás da IBM e da Accenture – com atuação em 70 países e 170 mil funcionários, 6 mil clientes e 250 parceiros globais.
“Até o dia 31 de março, CSC e HPE Brasil tinham atuação separada e agiam como concorrentes. Não houve conhecimento prévio e a própria fusão está acontecendo num tempo recorde. A nossa grande vantagem é que há uma complementariedade de portfólio. As sobreposições praticamente inexistem. Não houve uma disrupção dos negócios. Ao contrário. No mundo, se há uma sobreposição de clientes é abaixo de 15%. No Brasil, esse percentual cai para menos de 2%”, afirma Luciano Corsini em entrevista ao portal Convergência Digital.
O executivo reforça que a DXC Technology será agnóstica à tecnologia. “Estamos direcionando os esforços para serviços. Até porque muitos devem estar se perguntando como uma empresa não terá mais hardware nem licença de software para vender? O nome do nosso jogo é parceria. Nossos pilares de atuação são cloud, segurança, analytics e mobilidade, que são os mesmos suportes da transformação digital. Na prática: não há empresa grande que conseguiu se livra do legado e dos ambientes estanques. E elas precisam de serviço de TI para integrar os mundos”, acrescenta Corsini.
Segundo ainda o presidente da DXC Technology, os clientes no Brasil foram comunicados da fusão e estão reagindo bem à nova empresa. “Somos uma empresa nova, mas não nascemos ontem. A transação foi divulgada há 10 meses. Houve uma complementariedade. E se os concorrentes quiserem ir na nossa base, nós vamos na base deles. Nós seremos atacantes no mercado. Não vamos ficar na defesa”, sinaliza.
Corsini admite que 2017 está confuso, ainda há uma busca por estabilidade política e econômica, mas admite que os projetos começam a ser viabilizados, especialmente, em segmentos como agronegócios, telcos e saúde. “Verdade é que o Brasil precisa andar. Foram dois anos muito complexos. Há dinheiro na mesa e vamos brigar por esses recursos”, completou o executivo. Omar Rodrigues, que liderava a CSC no Brasil, segue na empresa. “O conhecimento dele é crucial para o nosso plano de atuação”, reforça Luciano Corsini.