VERTIV elege Brasil como referência de capacitação em serviços
A VERTIV fez uma opção pelo atendimento à fabricação local no Brasil e na América Latina. Hoje os produtos da companhia, especializada em infraestrutura crítica, são integrados em Sorocaba, interior de São Paulo, mas a grande aposta é transformar a unidade fabril em um grande centro de capacitação de suporte técnico ao cliente na região. “Já temos mais de 100 funcionários cuidando dessa parte. O suporte e o pós-venda são essenciais no nosso modelo de negócio”, conta o vice-presidente da VERTIV para a América Latina, Fernando Garcia.
Investir em pessoas, aliás, deveria ter uma atenção especial no governo, sugere o executivo. Segundo ele, ao invés de conceder benefício fiscal apenas para quem monta hardware, o Executivo deveria criar modelos para incentivar quem quer investir em pessoas. “Capacitação de pessoas para suporte é absolutamente crucial para o mercado de TICs. Não temos PPB (processo produtivo básico) de fabricação porque fazemos integração. Mas o governo poderia pensar em criar incentivos para quem investe em pessoas, são elas que fazem a diferença na economia digital”, preconiza.
O executivo lembra que 2019 marca o começo de um novo ciclo de investimentos em infraestrutura na América Latina. “O tráfego de dados exige esse aporte de recursos. As redes de hoje não estão capacitadas para transportar os petabytes com a baixa latência desejada. Por isso, o edge computing está crescendo de forma expressiva e não apenas na vertical de Telecom. Outras áreas que lidam com dados estão percebendo a necessidade de ter a latência reduzida na transmissão”, observa Fernando Garcia.
Se o momento é bastante turbulento na América Latina – por conta das mudanças políticas e econômicas – o ano de 2019 está sendo extremamente bom para a VERTIV. “Foi um ano onde batemos todas as nossas metas estabelecidas e muito será feito para atender ao 5G. Isso significa que teremos um período de oito a 10 anos de investimentos para aproveitar todos os habilitadores do 5G no Brasil”, adiciona o VP da companhia.
Garcia acredita que a América Latina – que hoje na VERTIV já é a segunda maior região depois dos Estados Unidos – viverá um novo boom de datacenters, não os grandes como foram no passado, mas os voltados para nichos de negócios. “A latência é a grande diferença dos negócios e muitos vão fazer de tudo para reduzir o impacto dela nos negócios”, insiste. Três verticais são o pilar dos negócios na região: finanças, telecomunicações e indústria.
O VP da VERTIV preferiu não detalhar investimentos na região, mas disse que a companhia destina cerca de US$ 500 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento globalmente e que a América Latina recebe entre 5% a 10% desse montante. “Estamos com mais de 900 pessoas contratadas na região e queremos mais. Em 2020 queremos um ano tão bom quanto foi 2019. E temos convicção que ele será. Nunca se precisou tanto de qualidade de rede como agora”, completa Fernando Garcia.