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Visa descarta PIX como concorrente direto

"O PIx é uma oportunidade de negócio. Onde existe dinheiro se movimentando, é lá que precisamos estar”, disse Leonardo Enrique, diretor-executivo de open finance da Visa.

Cobertura especial . Febraban Tech 2025

No início do mês, a multinacional Visa Inc. anunciou o lançamento da Visa Conecta, empresa criada no Brasil que, por meio de open finance, oferecerá o serviço de iniciação de pagamentos por Pix com uso de biometria. Um dos objetivos é atuar como um hub de desenvolvimento de novos negócios que ultrapassam os trilhos tradicionais de cartão.

Questionado se a nova empresa é uma resposta da Visa à explosão de pagamentos Pix, Leonardo Enrique, diretor-executivo de open finance da Visa, respondeu que a Visa Conecta é muito mais. “A Visa globalmente tem a meta de ser uma empresa de tecnologia de movimentação financeira”, disse ao Convergência Digital, em entrevista em vídeo durante o Febraban Tech 2025.

Enrique assinalou que o Pix tem relevância também dentro do comércio eletrônico, respondendo por 35% das transações. “A Visa Conecta nasce para ser de fato um hub de desenvolvimento de novos modelos de negócio em transações digitais, começando com a parte de open finance na jornada sem redirecionamento que roda nos trilhos do Pix. Então, não olhamos o Pix como um concorrente, pelo contrário, olhamos como uma oportunidade de negócio. Onde existe dinheiro se movimentando, é lá que precisamos estar”, ressaltou.

Disponível como piloto a partir de setembro, a solução de iniciação de pagamentos da Visa Conecta permitirá pagamentos via Pix com apenas um clique, após autorização inicial do vínculo da conta do consumidor. Também integra a estratégia global Visa 2030, que tem como um dos pilares ampliar a atuação em pagamentos e movimentações financeiras além dos cartões. O modelo de negócios será por transação, com um valor a ser cobrado.

Para o futuro, o objetivo com open finance é atuar não só na parte de pagamentos, mas também expandir como um todo na parte de dados, de serviços de valor agregado e, “mais para frente, extrapolar a parte de open finance para outros modelos de negócio”, adiantou o diretor. Uma das iniciativas está em vender para bancos de investimentos para que eles possam oferecer menos fricção aos clientes ao realizarem transações.


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