Vivo: Neste momento, a Oi Soluções está fora do radar para avançar no B2B
Presidente da tele, Christian Gebara, lembra que a unidade B2B da Oi está fora do perfil de empresas adquiridas até o momento. Também confirma estar fora da disputa pela provedora de Internet de São Paulo, Desktop.

A Oi Soluções, voltada para o mercado B2B, é um ativo que a Oi planeja vender o quanto antes para evitar a liquidação judicial da companhia, está fora do radar, pelo menos neste momento, de uma aquisição pela Vivo, afirmou o presidente da tele, Christian Gebara, durante entrevista à imprensa para a avaliação dos resultados financeiros do terceiro trimestre, nesta sexta-feira, 31/10.
“Não temos agora negociação com a Oi Soluções. Se tiver algo mais estruturado mais à frente podemos avaliar, se eventualmente, valerá a pena para o nosso negócio, apesar de o perfil da Oi Soluções ser bem distinto das empresas que adquirimos: a Vivo IT, que é uma integradora Cisco, e a IPNet, voltada para cloud computing e Google Cloud”, disse Gebara.
No balanço financeiro, a unidade B2B da Vivo não para de crescer. No terceiro trimestre, a receita de Dados Corporativos, TIC e Serviços Digitais cresceu 22,8%, registrando R$ 1,4 bilhão em receita. Nos últimos 12 meses, a receita ficou em R$ 5,1 bilhões, consolidando um crescimento de 34,2% a partir da venda de soluções de cloud, cibersegurança, big data, IoT, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI.
banda larga fixa
Mesmo tendo o forte desempenho financeiro puxado pela fibra, operadora também não pensa, neste momento, em avançar no mercado de banda fixa a partir de aquisições. A Vivo teve rodada de conversas com a provedora paulista Desktop, agora, em negociação com a Claro. Segundo Christian Gebara, a negociação foi avaliada em três quesitos: sobreposição, qualidade técnica e preço.
“Não chegamos a um acordo. O negócio não era realista para a Vivo. Podemos até avaliar outros negócios, desde que nos compense, mas este não estamos mais no radar”, confirmou o presidente da tele.
A integração da Fibrasil- recomprada por R$ 850 milhões- e aprovada pelo CADE – é hoje um dos impulsionadores de crescimento na banda larga fixa, onde a Vivo chegou a 31,5 milhões de domicílios passados.
Segundo Christian Gebara, a Vivo tem crescido na aquisição de novos clientes na fibra, mas também está liderando a retenção de clientes, muito em função da qualidade da rede ofertada. “Também temos inovação tecnológica e facilidades de pagamento. Tudo somado nos trouxe um resultado muito positivo. Optamos pelo caminho orgânico para crescer e temos ainda muito por avançar”, disse.
Venda de ativos
A Vivo planeja R$ 4,5 bilhões em vendas até 2028, sendo R$ 3 bilhões em cobre e R$ 1,5 bilhão em imóveis do legado do STFC. No terceiro trimestre, foram vendidos R$ 34 milhões em cobre e cerca de R$ 200 milhões em imóveis. “A tendência é que essa linha continuará crescendo, em especial, a partir de 2026”, afirmou Gebara.
Resultados financeiros
A Vivo registrou lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre de 2025, aumento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita total atingiu R$ 14,9 bilhões, crescimento de 6,5% na comparação anual, sustentado pelos segmentos de fibra óptica e pós-pago móvel.
O EBITDA somou R$ 6,5 bilhões, avanço de 9,0%, com margem de 43,4%. Segundo a companhia, trata-se do maior crescimento do indicador nos últimos dois anos. A base total de acessos chegou a 116,6 milhões, sendo 102,9 milhões em telefonia móvel (alta de 1,4%) e 7,6 milhões de acessos em fibra (expansão de 12,7%).
A receita de serviços móveis cresceu 5,5%, totalizando R$ 9,7 bilhões, impulsionada pelo pós-pago, que avançou 8% e somou R$ 8,4 bilhões. A base de clientes pós-pagos aumentou 7,3%, alcançando 69,8 milhões de acessos. O ARPU móvel foi de R$ 31,5, aumento de 3,9% em relação a 2024.
Na operação fixa, a receita somou R$ 4,4 bilhões, elevação de 9,6%, a maior da série histórica recente da empresa. A fibra respondeu por R$ 2,0 bilhões, crescimento de 10,6%. A base de clientes dessa tecnologia chegou a 7,6 milhões de domicílios e empresas conectadas, alta de 12,7%.
A oferta convergente Vivo Total representou 85,1% das novas adesões de fibra no trimestre e totaliza 3,2 milhões de assinantes, expansão anual de 52,7%.
 
				 
					


