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Vivo vai financiar compra de smartphones e PCs e quer ter mais IA generativa para clientes

Linha de financiamento virá do Vivo Pay e ficará disponível até o final do ano, informou o CEO, Christian Gebara. Vivo também vai vender cobre, originário da concessão, para arrecadar R$ 3 bilhões líquidos.

Com um resultado financeiro no primeiro trimestre do ano que registrou um lucro líquido de R$ 1,05 bilhão, uma alta de 18,1% em relação ao ano passado, a Vivo avança com a sua estratégia de ser cada vez mais uma empresa que vende serviços diferenciados. Com o Vivo Pay, o braço financeiro da Vivo, a operadora quer até o final do ano, ter um financiamento próprio para facilitar a aquisição de equipamentos de TI e de smartphones. “Queremos atrelar todos os nossos produtos ao nosso financiamento”, adiantou Gebara, em coletiva de imprensa para os jornalistas sobre os resultados do trimestre, nesta terça-feira, 13/5.

A aposta tem razão de ser. a Vertical de serviços digitais foi impulsionada nos três primeiros meses do ano, principalmente, pelo B2B, cujas receitas cresceram 29,9% e somaram R$ 883 milhões, com o apoio de produtos como nuvem, segurança cibernética, Internet das Coisas (IoT), big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI.

Gebara também falou sobre a expansão do uso do Perplexity e de outros motores de IA generativa na oferta de clientes. “O uso da IA generativa nos celulares ainda é pequeno. Mas queremos ampliar. Estamos conversando com todos. Será inevitável ter IA generativa”, reforçou o CEO da Vivo. A Vivo foi a primeira operadora a oferecer o Perplexity no ano passado no país.

Com a migração de concessionária para autorizada já definida desde abril, a Vivo definiu que vai vender o cobre das centrais e das redes antigas para arrecadar R$ 3 bilhões líquidos até 2028. “Essa estratégia estará mais forte em 2026 e 2027. Temos 1,2 milhão de clientes para migrar e que ainda usam o cobre. Desmobilizar uma central não é óbvio, mas temos algo em torno de 120 mil toneladas de cobre, retirando as impurezas, e com o custo de 1 tonelada em torno de US$ 9,3 mil, é possível pensar sim nos R$ 3 bilhões líquidos”, explicou Gebara. Pelo acordo de migração assinado com a Anatel, a Telefônica assume o compromisso de desembolsar R$ 4,5 bilhões em investimento e manutenção de infraestrutura.

Resultados


A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, registrou lucro líquido de R$ 1,05 bilhão no primeiro trimestre deste ano, alta de 18,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta segunda-feira, 12. Os ganhos foram impulsionados pela evolução do resultado operacional e da redução das despesas financeiras, indicou a operadora.

A receita líquida atingiu R$ 14,3 bilhões, alta de 6,2%. O faturamento foi puxado tanto pelo serviço móvel (+6,5%), especialmente os planos pós-pagos (+10,3%), quanto pela banda larga fixa (+10,6%). O braço de dados corporativos, TIC e serviços digitais também mostrou forte alta no primeiro trimestre (+15,8%).

Os planos pós-pagos (+10,3%) puxaram a alta do serviço móvel no primeiro trimestre, gerando R$ 7,93 bilhões em receitas. O desempenho foi sustentado pelo aumento de 7,7% da base da modalidade na comparação anual, encerrando o trimestre com 67,4 milhões de acessos. A Vivo encerrou o primeiro trimestre com 102,4 milhões de acessos móveis, alta anual de 2,7%. A cobertura 5G chegou a 519 municípios.

A Vivo terminou o primeiro trimestre com 29,6 milhões de casas passadas com FTTH – isto é, residências que podem contratos o serviço de fibra – em 444 cidades. A base de banda larga totalizou 7,2 milhões de assinantes (+12,9%), com o registro de 211 mil adições líquidas no período de janeiro a março (+22%).

Do total da base de FTTH, 4,3 milhões de acessos dizem respeito ao Vivo Total, plano que combina fibra e móvel em uma única oferta. A base convergente, inclusive, cresceu 77,4% no intervalo de 12 meses. Segundo o balanço da Vivo, o ARPU de fibra ficou em R$ 89,6 e “o churn tem se mantido nas mínimas históricas, 1,5%”.

Já a vertical de serviços digitais foi impulsionada, principalmente, pelo B2B, cujas receitas cresceram 29,9% e somaram R$ 883 milhões, com o apoio de produtos como nuvem, segurança cibernética, Internet das Coisas (IoT), big data, mensageria, venda e aluguel de equipamentos de TI.

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