Opinião

Como a rede como serviço pode acelerar a adoção de uma TI mais ágil

Como funciona a sua rede corporativa? Tradicionalmente as organizações constroem a infraestrutura de rede corporativa baseada em um modelo de investimento único de hardware, software, licenças e serviços que podem ou não ser empacotados juntos e mantêm internamente uma equipe responsável pela sua manutenção.

Mas o cenário econômico atual exige flexibilidade, e os recursos de TI precisam suportar ambientes com demandas variadas de processamento de dados, com entrega em tempo real de insights que permitam tomadas de decisões assertivas em todas as áreas da empresa, exigindo muito mais agilidade das equipes na implementação de novas tecnologias.

O modelo de rede como serviço, o chamado Network as a Service – NaaS – permite que as empresas consumam de forma flexível os recursos durante todo o ciclo de vida da rede corporativa, em uma oferta baseada em assinatura, e com a possibilidade de atender ao aumento pontual da demanda.

O fim da obsolescência

Com o modelo de rede como um serviço, as empresas não precisam mais investir ou manter equipamentos que rapidamente se tornam obsoletos. E sempre podem ter certeza de que sua rede é de última geração, sem a necessidade de altos investimentos.


Aconselhamos que as empresas avaliem o NaaS como uma maneira flexível de consumir infraestrutura de rede corporativa, que vai permitir à organização acompanhar a inovação, atender às necessidades de negócios em rápida mudança e otimizar o desempenho da rede e as experiências do usuário com um modelo de assinatura muito semelhante ao que já usam para serviços na nuvem.

Também é preciso levar em consideração que essa flexibilidade também permite adotar tecnologias de virtualização de rede, como SDN (software-defined networking – rede definida por software) and NFV (network functions virtualisation – virtualização de funções de rede). Também incorpora tecnologias de aprendizado de máquina para monitoramento em tempo real e gerenciamento automatizado de alertas e detecção de ameaças, garantindo mais agilidade e capacidade de incorporar inovações.

Vantagens financeiras

Do ponto de vista financeiro, o modelo de rede como serviço oferece redução de custos, transformando despesas de capital (Capex) em despesas operacionais (Opex), já que a empresa paga apenas pelo que usa e tem a possibilidade de aumentar ou reduzir sua capacidade de rede a qualquer momento. Personalizável e flexível, esta solução adapta-se à atividade da empresa e apoia o seu crescimento.

A organização não precisa mais investir em equipamentos de rede que se depreciam rapidamente ou gerenciar a sua manutenção e atualizações. Essa tarefa é terceirizada para um provedor de serviços gerenciados, que projeta e instala a arquitetura de rede e fornece suporte 24 horas por dia.

Um alerta

Especialistas da consultoria IDC fazem um alerta: 82% das empresas pensam em adotar o modelo as a service, mas é preciso contar com parceiros confiáveis, que tenham experiência e contem com um amplo ecossistema, que entendam as suas necessidades e forneçam serviços em todo o ciclo de vida da rede, além, claro, de apoio e suporte.

Esse suporte, junto com inovadoras tecnologias de segurança implementadas no projeto, é que vai proteger o ambiente corporativo, detectando rapidamente ameaças.

Ao final, é preciso ter uma visão holística do modelo de rede como serviço, lembrando que não é apenas uma tecnologia, e que é uma estrutura; e que também é uma solução, e não simplesmente um produto. 

Ricardo Perdigão é diretor da Tecnocomp

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