IoT e a revolução do 5G
Ultimamente não se fala em outro assunto, o 5G. A tecnologia tem sido muito discutida e gerando muitas dúvidas de quando a rede vai estar disponível no Brasil e quais os benefícios que essa revolução pode trazer a sociedade. Alguns países já implementaram a operação, são eles: Reino Unido, Coréia do Sul e China. Nesses países, já é possível notar as mudanças no dia a dia, uma vez que quando comparados ao atual 4G: a transmissão de dados é 10 vezes mais rápida, a latência 10 vezes menor, de 10 a 100 vezes garantindo mais dispositivos conectados e menor consumo de baterias, em termos gerais.
Outro benefício que o 5G irá oferecer é o avanço do sistema de Internet das Coisas (Internet of Things ou IoT). Com a chegada da rede, será possível operar os equipamentos e dispositivos de maneira mais eficiente, principalmente em determinados casos que, sem ele, alguns serviços poderiam ser afetados. Como por exemplo: a indústria 4.0, agricultura de precisão, assistências médicas remotas e veículos autônomos, entre outras inovações que necessitam da conexão para haver uma conectividade completa e que permita que a IoT funcione de fato.
Diversos países já possuem muitos sistemas de IoT em operação. Segundo uma pesquisa recente feita pela Gartner, estima-se que os gastos mundiais com equipamentos eletrônicos e de comunicações para dispositivos de Internet das Coisas, serão de US$ 14,7 bilhões em 2020, número que representa um aumento de 6% em relação ao ano anterior.
A nova tecnologia chegando às operadoras de telecomunicações no Brasil será um grande avanço para a Internet das Coisas (IoT). Enquanto isso não acontece, já é possível notar os investimentos de algumas operadoras disponíveis no Brasil, algumas seguem investindo na na rede 4G atuando com a NB-IoT em diversas cidades, outras oferecendo o eSIM, ou a possibilidade de habilitar serviços móveis sem necessidade de um chip físico, e também, algumas que já apresenta uma representação de 40% de dos dispositivos IoT no país, por registrar a marca de 10 milhões de dispositivos conectados máquina-a-máquina.
Esses pontos são importantes para oferta de novos produtos para o mercado de IoT e soluções digitais, são com esses dados que é possível dizer que existem 25 milhões de dispositivos conectados no Brasil usando a tecnologia já existente. Este cenário aponta a dimensão do mercado para desenvolver sistemas IoT com a chegada da rede 5G e irá inspirar empresas a entrar em campo e aquelas que já estão adotando a Internet das Coisas a apressarem a entrada de novos dispositivos no mercado.
Paulo José Spaccaquerche é Presidente da ABINC (Associação Brasileira de Internet das Coisas)