Segurança

A partir de julho, Anatel pode retirar equipamento com backdoor das redes das teles

A partir de julho, a Anatel poderá, por exemplo, mandar uma tele tirar um equipamento que tiver backdoor da sua infraestrutura por conta da política de segurança cibernética do país. A agência reguladora será a responsável por fazer valer o Ato 77, aprovado em dezembro, e com vigência prevista para seis meses depois da publicação do regulamento de Segurança Cibernética.

O Superintendente de Controle de Operações da Anatel, Gustavo Borges, ao participar de evento nesta quinta-feira, 10/03, realizado pelo Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior, IRICE, presidido por Rubens Barbosa, explicou que todas as prestadoras de telecomunicações terão de enviar um plano de segurança cibernética à agência.

“Todas elas já têm os seus planos e com informações sensíveis aos seus negócios. A Anatel quer a divulgação de um extrato sem essas informações sensíveis, mas com as ações em vigor para ter as melhores práticas de segurança cibernética”, explicou.

Um dos pontos relevantes do Ato 77 é a determinação para que todos os fabricantes passem a observar as regras e diretrizes determinadas pela superintendência de Outorgas e Radiofrequências. Gustavo Borges diz que muitos já estão se adequando para atender aos requisitos a partir de julho.

“A agência vai monitorar as vulnerabilidades de segurança cibernética e uma delas é o backdoor. Se ele for constatado e não for corrigido, a agência pode, a partir do Ato 77, até retirar o equipamento da rede em nome da segurança da infraestrutura nacional”, adicionou o executivo da Anatel. 


Ainda de acordo com Gustavo Borges, a agência vai monitorar as redes; ter a cooperação de organismos e laboratórios, além de contar com eventuais denúncias para mitigar o processo de segurança cibernética. “Esse é um primeiro passo nas regulamentações. Certamente vamos aprender muito no processo de implementação e de execução”, completou o superintendente da Anatel.

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