Ataque ransomware na Costa Rica bloqueia pagamentos a servidores públicos
Em discurso esta semana, o presidente da Costa Rica, Rodrigo Chavez, disse que o país está “em guerra”, pois os cibercriminosos causam grandes interrupções nos sistemas de TI de vários ministérios do governo. Alvo de um mega ataque de ransomware, a Costa Rica identificou que hackers se infiltraram em 27 instituições governamentais, incluindo prefeituras e concessionárias estatais.
O cartel de ransomware Conti, que se acredita ser administrado pela Rússia, aumentou sua demanda de resgate para US$ 20 milhões (R$ 100 milhões). Os criminosos postaram um apelo online aos costarriquenhos para “saírem à rua e exigirem pagamento”.
Chavez não deu nenhuma indicação de que estava planejando pagar o resgate, apesar da crescente perturbação nos departamentos do governo. Na quarta-feira (18/5), o Tesouro da Costa Rica disse a funcionários públicos que o ataque afetou os serviços de pagamento automático. Ele alertou que eles não seriam pagos em dia e precisariam solicitar seus salários por e-mail ou por pedidos em papel.
“Devido ao abrandamento temporário dos sistemas institucionais, está suspenso o serviço de emissão de certidões relativas aos montantes dos salários devidos aos funcionários da Administração Central”, informou o Tesouro costariquenho. “Todas as solicitações recebidas por e-mail ou nas janelas da Contabilidade Nacional serão atendidas assim que os sistemas forem restaurados.”
Segundo o governo, os ataques também afetaram o comércio exterior do país, atingindo seus sistemas tributário e alfandegário. Rodrigo Chavez declarou o incidente uma “emergência nacional” e culpou repetidamente seu antecessor por não levar o ataque cibernético suficientemente a sério.