Segurança

Ataques de ransomware causam tensão na Defesa Cibernética brasileira

O assessor do Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro -ComDCiber, Coronel João Marinonio Carneiro, admitiu que os ataques de ransomware estão sendo acompanhados com certa tensão, uma vez que eles têm se tornado cada vez mais frequentes.

Segundo ele, a ação cibercriminosa mais contundente pode ser uma estratégia para desviar a atenção de campanhas de vazamento de dados e espionagem industrial. O coronel Carneiro participou do evento “Ataques cibernéticos e vazamento de dados” realizado nesta quita-feira, 18/08. pelo CEBRI – Centro Brasileiro de Relações Internacionais – em parceria com a Siemens Energy.

Além de medidas de resiliência cibernética e de planos de contingência, Carneiro enfatizou a importância de instituições reportarem eventuais ataques cibernéticos. “Muitas vezes com receio de ter sua imagem afetada, empresas deixam de fazer essas notificações. É importante que esses ataques sejam reportados para que possamos fazer uma avaliação do incidente e para que tenhamos uma visão cada vez mais ampla sobre a segurança cibernética no país”, enfatizou.

A implementação de práticas de segurança exige investimentos e para o ex-Chefe do Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) do Exército Brasileiro e Senior Fellow do CEBRI, Paulo Sergio Melo de Carvalho, a questão é urgente. “As empresas e instituições públicas precisam priorizar investimentos na área de segurança cibernética”, afirma.

Além de evitar invasões e vazamento de dados, práticas de segurança no mundo digital fortalecem a imagem das empresas no mercado financeiro. O General Manager da Siemens Energy Brasil e Conselheiro do CEBRI, André Clark, destacou que boas práticas de segurança podem ser vistas com bons olhos por acionistas. “Cada vez mais os acionistas se preocupam sobre a ESG das organizações e a cybersegurança tem se tornado parte importantíssima da governança empresarial”, frisou.


Para a Coordenadora de Cyber Security da Siemens Energy Brasil, Laura Carrijo, as empresas devem estabelecer uma cultura de proteção de dados. “É importante que as instituições definam procedimentos de segurança cibernética como uma prática cotidiana seja no nível individual, quanto coletivo”,completou.

 

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