Bancos prometem bloquear apps de celular roubado em até 10 minutos
Com adesão de 12 bancos, o governo federal lançou formalmente nesta terça-feira, 19/12 o sistema Celular Seguro, que viabiliza o bloqueio imediato de smartphones roubados, furtados ou perdidos.
A participação das instituições financeiras é a principal novidade do sistema, que se constitui basicamente no disparo de alertas para as operadoras móveis e para os bancos, de forma a impedir o acesso ao aparelho e às aplicações bancárias.
“O objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil, reduzindo a atratividade do delito, desestimulando a receptação e consequentemente os próprios roubos e furtos”, disse o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, ao assinar acordos com teles e bancos.
Em tratativas com a Anatel, que coordena o Cadastro das Estações Móveis Impedidas (CEMI), a subsecretaria de tecnologia da informação do MJ desenvolveu um aplicativo e uma página web para aviso às operadoras.
Paralelamente, foi negociado com os bancos, via Febraban, a adesão do sistema financeiro. Daí o Celular Seguro disparar alertas para ambos. E a ideia é ampliar para outros serviços, tanto que um acordo nesse sentido foi também firmado com Google, 99, iFood, Zetta (Nubank e Mercado Livre), Uber e Abinee.
“Esse é um primeiro ciclo. Os bancos prometem fazer o bloqueio dos aplicativos financeiros em até 10 minutos, só um pediu até meia hora. O bloqueio do celular é em até 24 horas e as operadoras prometem que até 9 de fevereiro do próximo ano farão também o bloqueio do chip”, disse Cappelli. O próximo passão são apps que envolvem pagamentos.
“Os aplicativos que também têm cartões de crédito embarcado se comprometem a aderir em breve. E estamos conversando com Google e Apple, que têm os principais sistemas operacionais. A Google prometeu um sistema inovador muito em breve”, completou o secretario executivo do MJ.
A versão web do Celular Seguro já está no ar. Os aplicativos para Android e iOS estarão disponíveis a partir de 20/12 nas respectivas lojas online. Uma página do Ministério da Justiça apresenta os termos de uso do sistema.
Para acessar é preciso fazer login com uma conta Gov.br – sendo necessário somente a conta ‘Bronze’. No sistema, deve ser informado uma ou mais pessoas de confiança, que também poderão proceder o bloqueio. Vale destacar que o cadastro exige CPF, que deve ser o mesmo do titular da linha telefônica.