Segurança

Brasil aparece no top 10 dos países mais atacados por trojans móveis

Não há sinais de desaceleração na ameaça de ransomware, uma vez que o volume dele para dispositivos móveis subiu 3,5 vezes  durante os primeiros meses do ano, segundo sustenta o relatório “Desenvolvimento de ameaças de computador no primeiro trimestre de 2017”, do Kaspersky Lab. 

O ransomware que tem como alvo todos os dispositivos, sistemas e redes também continuou a crescer com o surgimento de 11 novas famílias de cifras trojans e 55.679 novas modificações no primeiro trimestre. Além disso, Brasil e Venezuela estão entre os 10 países atacados por trojans cifradores, com o ransomware XPAN sendo a ameaça mais difundida.

Segundo o Kaspersky Lab, o número de arquivos detectados de ransomware móvel atingiu 218.625 durante o trimestre, em comparação com 61.832 no trimestre anterior, com a família Congur representando mais de 86%. Trata-se basicamente um bloqueador que configura e restabelece o PIN do dispositivo (código de acesso) fornecendo direitos de administrador no dispositivo e algumas variantes do malware para que os cibercriminosos aproveitem esses direitos para instalar seu módulo na pasta do sistema – tornando quase impossível a remoção.

Apesar da popularidade do Congur, o Trojan-Ransom.AndroidOS.Fusob.h permaneceu o ransomware móvel mais amplamente usado, representando quase 45% de todos os usuários atacados por esta ameaça. Uma vez executado, o Trojan solicita privilégios de administrador, coleta informações sobre o dispositivo, incluindo coordenadas GPS e histórico de chamadas, e carrega os dados em um servidor mal-intencionado. Com base no que ele recebe, o servidor pode enviar de volta um comando para bloquear o dispositivo.

Os Estados Unidos tornaram-se o país mais afetado por ransomware móvel no primeiro trimestre, com a Svpeng a ameaça mais generalizada. Por sua vez, o Brasil e a Venezuela estão entre os 10 países mais afetados por ataques de Trojans cifrados. Importante, o Brasil ficou em segundo lugar (1,07%), embora ele nunca apareceu no top 10 países atacados por cifras. “Isto é consistente com nossa observação do aumento no número de extorsões Trojans visando vítimas brasileiras”, diz o Kaspersky Lab.


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