Segurança

Brasil registrou 2754 ataques cibernéticos semanais às redes corporativas

Houve um crescimento de 30% nos ataques semanais as redes corporativas no segundo trimestre de 2024 em comparação com o segundo trimestre de 2023, e um aumento de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2024. Com uma média de 1.636 ataques por organização por semana, a investida incessante de ataques destaca a crescente sofisticação e persistência dos cibercriminosos, afirmam os pesquisadores da Check Point Research.

No que se refere aos setores da economia, o interesse dos hackers no setor da Educação e Pesquisa se mantém crescente, pois o setor assinalou a maior elevação em ataques cibernéticos no segundo trimestre de 2024 em relação a todos os outros setores: aumento de 53% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período em 2023, com uma média de 3.341 ataques por organização a cada semana.

Regionalmente, a América Latina registrou o aumento mais significativo, com aumento de 53% ano a ano para uma média de 2.667 ataques a organizações por semana. A África sofreu a maior média de ataques cibernéticos semanais por organização no segundo trimestre de 2024, com uma média de 2.960 ataques, marcando um aumento de 37% em comparação com o mesmo período de 2023; e a região Ásia-Pacífico (APAC) seguiu com um aumento de 23%.

No Brasil, o levantamento da Check Point mostra que o país registrou um aumento de 67% dos ciberataques em que as organizações foram atacadas 2.754 vezes semanalmente, em comparação ao mesmo período do ano passado. Um crescimento exponencial diante do índice de 7% no segundo trimestre de 2023, em que as organizações no Brasil foram atacadas 1.645 vezes semanalmente, em comparação ao mesmo período de 2022.

O setor de Educação e Pesquisa tem sido consistentemente um alvo principal para os cibercriminosos devido à sua riqueza de informações sensíveis e medidas de segurança cibernética frequentemente inadequadas, complicadas ainda mais por vários grupos de usuários online dentro e fora da rede corporativa, expandindo a superfície de ataque.


O setor de Governo/Forças Armadas foi o segundo mais atacado no mundo, com 2.084 ataques por semana, refletindo os altos riscos envolvidos na espionagem cibernética e na interrupção a nível de Estado. Classificando-se em terceiro lugar, o setor de Saúde é altamente lucrativo para os hackers porque eles buscam obter informações de seguros de saúde, números de registros médicos e, às vezes, até números de seguridade social. As organizações de saúde enfrentaram uma média de 1.999 ataques semanais por organização, o que representa um aumento de 15% em relação ao ano passado.

No segundo trimestre, a equipe da CPR relatou ataques de ransomware que envolveram extorsão pública, mostrando um aumento de 13% ano a ano, totalizando aproximadamente 1.200 incidentes. A América do Norte foi a mais atingida, compreendendo 58% de todos os ataques de ransomware relatados, apesar de uma ligeira diminuição de 3% em relação ao ano anterior. A Europa registrou 19% dos incidentes, marcando uma diminuição de 28%, enquanto a região APAC registrou o maior aumento, com um aumento de 38%, representando 16% dos ataques. Enquanto a América Latina teve um registro de 6% dos ataques de ransomware publicados com aumento de 1%.

Em termos de impacto nos setores, o de Manufatura foi o mais afetado, representando 29% das vítimas de ataques de ransomware extorquidos publicamente em todo o mundo, com um aumento significativo de 56% ano a ano. O setor de Saúde seguiu respondendo por 11% dos ataques e registrando um aumento de 27%. O setor de Varejo/Atacado assinalou 9% dos ataques, com uma queda de 34% em relação ao ano anterior. Notavelmente, os setores de Comunicações e Serviços Públicos registraram aumentos nos incidentes de ransomware, com índices de 177% e 186%, respetivamente.

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