Carta pela democracia sofre 1.500 ataques hackers
O site que coleta assinaturas para a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito” já sofreu 1.500 tentativas de ataques hackers desde que foi aberta ao público, nesta terça-feira (26/7).
Os ataques tentam tirar o site do ar, sem sucesso. Além disso, opositores da iniciativa têm usado nomes falsos e xingamentos, no intuito de tumultuar a lista de signatários. As informações são da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo. “Estão divulgando nosso site na Deep Web para tentar derrubar”, afirmou o procurador-geral do Ministério Público de Contas de São Paulo, Thiago Pinheiro Lima.
Segundo ele, há um controle contra nomes falsos para assinar lista de signatários como forma de tumultuar o movimento. A organização checa a autenticidade das assinaturas e evitar fraudes, analisando os CPFs e os IPs dos signatários.
O manifesto foi organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, em apoio à democracia e ao sistema eleitoral em vigor. Até esta quarta-feira (27/7), o documento já contava com mais de 160 mil assinaturas.
O texto faz referência à Carta aos Brasileiros original, lida em agosto de 1977 pelo jurista Goffredo Carlos da Silva Telles. O evento foi considerado um grande marco de oposição à então vigente ditadura civil-militar. A nova carta será lida na Faculdade de Direito da USP no próximo dia 11/8.
O manifesto menciona que o Brasil vem passando por um “momento de imenso perigo para a normalidade democrática”, no qual “ataques infundados e desacompanhados de provas questionam a lisura do processo eleitoral e o Estado democrático de Direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira”.
Dentre os signatários estão os ministros eméritos do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Eros Grau, Marco Aurélio, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches. Há ainda outros juristas, advogados, professores, jornalistas, empresários, artistas e subscritores da carta de 1977.