Segurança

Ciberameaças têm potencial cada vez mais pertubadores nos negócios

Os problemas econômicos preocupam os executivos a nível mundial, de acordo com o relatório sobre Riscos Regionais na Realização de Negócios de 2019 do Fórum Econômico Mundial. Em uma pesquisa realizada com cerca de 13.000 líderes empresariais em mais de 130 países, os participantes classificaram as “crises fiscais” como o principal risco na realização de negócios numa escala global.

Globalmente, três dos cinco principais riscos estão relacionados com a economia, sendo que o “desemprego ou subemprego” está posicionado em terceiro lugar e o “choque dos preços da energia” em quarto. Estes riscos estão fortemente ligados a perturbações sociais e contribuem para o “fracasso da governança nacional” rankeada em quinto lugar e a “instabilidade social profunda” que aparece em sexto. Os “ciberataques” são o segundo maior desafio para os executivos, e o mais importante na Europa e na América do Norte pelo segundo ano consecutivo, evidenciando o aumento da sofisticação e proliferação deste tipo de ataque.

Os riscos relacionados com o meio ambiente representam as principais preocupações no Sul da Ásia, na Ásia Oriental e no Pacífico, uma vez que estas regiões já sofreram desastres naturais devastadores e fenômenos meteorológicos extremos. Os desafios sociais ficam classificados numa posição elevada na Eurásia e na América Latina – regiões afetadas pelo abrandamento econômico – e no Caribe, onde os governos ainda têm dificuldade em assegurar serviços sociais considerados críticos.

No Médio Oriente e no Norte da África, o “choque dos preços da energia” lidera devido à contínua volatilidade nos preços e na produção, e na África Subsariana, onde o desemprego dos jovens está acima dos 13%, os executivos estão preocupados com a incapacidade de criação de emprego pelas economias. Embora a cooperação global continue a ser a ferramenta mais eficaz para lidar com os vários riscos, o mapeamento do relatório destaca as áreas face às quais as regiões podem atuar.

“Num momento em que o crescimento econômico global parece frágil, os líderes empresariais estão profundamente preocupados com a resiliência fiscal dos respetivos governos. Entretanto, as ciberameaças continuam a significar um grande risco devido à sua rápida evolução e potencial cada vez mais perturbador”, explicou Emilio Granados-Franco, Responsável pela Agenda de Riscos Globais e Geopolítica no Fórum Econômico Mundial.


Para o Presidente do departamento de Global Risk and Digital na Marsh, John Drzik, a cibersegurança continua a ser o risco mais preocupante para os líderes empresariais das economias avançadas, e a crescente dependência da tecnologia para muitos negócios vai intensificar ainda mais este risco. “Os executivos enfrentam uma carteira muito desafiante de possíveis ameaças. Os líderes empresariais devem reavaliar a sua visão subjacente quanto ao ambiente de risco global e implementar mais medidas para fortalecerem a sua agilidade e resiliência corporativa.”

O relatório sobre Riscos Regionais na Realização de Negócios de 2019 foi publicado em parceria com a Marsh & McLennan Companies e o Zurich Insurance Group e faz parte da Iniciativa de Riscos Globais do Fórum – um grupo de trabalho que analisa riscos globais críticos e comunica estes riscos às partes interessadas e ao público mais vasto através de recursos digitais e de comunicação. As conclusões do relatório sobre Riscos Regionais na Realização de Negócios de 2019 baseiam-se em 12.897 respostas de executivos inseridos em 133 economias. Foi pedido aos participantes para selecionarem “os cinco riscos globais mais preocupantes na realização de negócios no seu país nos próximos 10 anos”.

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