Dell: Velhas ferramentas de segurança não combatem o novo cibercrime
A disseminação de kits para invasão de sistemas informáticos e o que vai ganhando a alcunha de ‘crime como serviço’ alerta instituições públicas e privadas para uma maior preocupação com a segurança cibernética. No entanto, o efetivo uso de defesas ainda tropeça em ferramentas desatualizadas, ao mesmo tempo que faltam medidas básicas.
“Se a pandemia acelerou o digital, o home office, isso também aconteceu com os criminoso. O ‘crime as a service’ se tornou um império digital, com call center tentando entrar onde quer que seja para fazer fraude corporativa ou à pessoa física. E isso não vai mudar, os criminosos foram os que mais gostaram do home office. Vários ataques poderiam ser prevenidos, seja por distração ou mal intenção, com uma camada de inteligência artificial que já existe disponível”, avaliou o diretor nacional de setor público da Dell, Bruno Assaf, ao participar nesta segunda-feira, 12/04, da live Sociedade Conectada: Segurança Cibernética, realizada pelo portal Convergência Digital e pela Dell Technologies.
Inteligência artificial é um dos recursos mais recentes na luta sem fim da proteção de dados. “A consciência mudou, mas precisamos absorver que o que temos não nos protege, converter e contemplar automação. Porque usar só pessoas contra essa rede criminosa não adianta. Todo o profissional de TI pensa em disaster recovery, em uma segunda cópia, na nuvem, em duas nuvens, etc, Mas em geral, se o ransomware é competente, ele espera tempo suficiente para contaminar todas as cópias. Mas hoje tem inteligência artificial comportamental dentro do processo de backup para que evitar que seja contaminado.”
“É preciso utilizar ferramentas novas e as boas práticas. O lado bom é que mudou o nível de consciência. Até a pandemia a gente tratava ciber segurança como coisa de filme, de empresas estrangeiras. Ninguém ia vir ao Brasil fazer isso. Agora tem um novo nível de consciência. E não é mais conversa do CIO, mas do CFO, do CEO. Temos ataques recorrente, todas as semanas, contra um tribunal, uma empresa qualquer. Isso cria uma consciência. Mas o segundo passo é absorver que o que a gente tinha não nos protege mais”, insistiu o executivo.