Dell vende RSA por US$ 2,08 bi e se desfaz de mais um ativo da EMC
A Dell Technologies anunciou nesta terça-feira 18/02, a venda da RSA, a unidade de segurança cibernética, herdada na aquisição da EMC, em outubro de 2015, por US$ 60 bilhões. A RSA foi vendida por US$ 2,08 bilhões para um consórcio liderado pela Symphony Technology Group, fundo de pensão de professores de Ontário, no Canadá e AlpInvest Partners. A Dell se desfaz de mais ativo adqurido na compra bilionária da EMC. A primeira foi a Pivotal, de análise e BI. Agora, a RSA. A VMware manteve a sua independencia.
No ano passado, o Brasil recebeu a visita do presidente global da RSA Security, Rohit Ghai. Em entrevista ao Convergência Digital, ele foi taxativo: uma boa política de cibersegurança está muito, mas muito longe, de dizer não para tudo como muitas áreas de segurança da Informação já fizeram e tentam seguir como mantra. “Na transformação digital é impossível dizer não para tudo o tempo todo. Gerencial o risco é que faz a diferença e fará daqui para frente”, assegurou Ghai.
Indagado ainda pelo Convergência Digital, sobre o porquê do incremento dos ataques às empresas, Rohit Ghai afirmou que é preciso mudar a cultura. “A transformação digital sabe que ataques vão vir. A questão é como a empresa vai agir e minimizar o impacto. Na era dos dados, as leis de proteção beneficiam quem admite o ataque e age para conte-lo de forma transparente. Esse é o papel da segurança da informação: entender os riscos”, ressaltou.
O executivo também falou sobre guerra cibernética. “Uma guerra cibernética vai ser física e bem real”, pontuou. Sobre a concorrência entre as empresas de segurança da informação, Rohit Ghai salientou que ela é uma realidade e que iriam sobreviver àquelas que não tivessem apenas o foco tecnológico da segurança.
Para a Dell Technologies, fica a dúvida com relação aos negócios de transformação digital, uma vez que cibersegurança é uma das jornadas nessa transformação da TI, como o próprio presidente da Dell, Michael Dell, falou na sua visita ao Brasil no ano passado. O fundador da fabricante também falou sobre o 5G .”Estou nesse mercado há mais de 30 anos. Tivemos anos desafiadores, mas os que estão por vir serão instigantes porque a tecnologia será, realmente, capaz de mudar o mundo”, sustentou.