Empresas no Brasil levam oito meses para detectar ataques cibernéticos
Ao pensar suas estratégias de transformação digital, muitas corporações relevam as questões ligadas à proteção de dados e à segurança da informação. “Um erro de sistema que impacte a segurança pode levar uma empresa ao fim em questão de dias”, alertou Yanis Stoyannis, gerente de Consultoria e Inovação de Cybersecurity da Embratel. O especialista falou sobre cibersegurança durante o CIAB Febraban 2019, realizado de 11 a 13 de junho, em São Paulo.
De acordo com Stoyannis, o grande desafio das organizações em processo de transformação digital é entender o negócio. “A segurança muitas vezes fica para depois, quando ela precisa ser tratada desde o início. No setor financeiro, temos visto muito a tendência de open banking e de bank-as-a-service (banco como serviço). Ao colocar serviços via dispositivos e aplicativos, o cuidado deve ser redobrado”, advertiu.
À medida que os serviços se digitalizam e aumenta o uso dos dispositivos conectados, as violações de dados crescem exponencialmente. Segundo o especialista em segurança, em 2017, houve cerca de 200 milhões de registros de violações de dados. O número saltou para 450 milhões em 2018.
“A grande preocupação é que esses ataques são silenciosos, e as empresas demoram a perceber”, afirmou Stoyannis, acrescentando que o tempo médio mundial para se detectar um ataque cibernético foi de 197 dias em 2018. “No Brasil é ainda mais preocupante: oito meses.” E, depois, ainda se leva mais 100 dias para conter a invasão, segundo ele.
Em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, Stoyannis falou sobre os avanços das ameaças cibernéticas, da forma como a LGPD pode contribuir para a proteção da informação e como a Embratel vem ajudando os clientes a implementarem suas estratégias de segurança de dados e a protegerem sua infraestrutura tecnológica, especialmente em tempos de transformação digital. Assistam à entrevista.