No combate às fraudes, bancos abrem dados para a Polícia Federal
O combate às fraudes bancárias eletrônicas (cartão de débito, cartão de crédito, internet banking, call center e boletos) cometidas por organizações criminosas deve ganhar novo impulso com a renovação do acordo de cooperação técnica assinada nesta segunda-feira (26/02) entre os principais bancos do País, a Polícia Federal, e a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos, em São Paulo.
A Polícia Federal e a FEBRABAN – Federação Brasileiro de Bancos- renovaram o acordo de cooperação técnica para o combate às fraudes bancárias eletrônicas – cartão de débito, cartão de crédito, internet banking, call center e boletos. A novidade é um envolvimento direto das instituições financeiras, o que permitirá compartilhar informações e as mais recentes tecnologias no combate aos crimes eletrônicos, para garantir a segurança das transações financeiras realizadas de forma eletrônica pelos clientes no setor bancário.
No total, 14 bancos assinaram o acordo: Banco Agiplan, Banco do Brasil, BRB – Banco de Brasília, Basa – Banco da Amazonia, Banrisul, Banese, Banco Neon, Bradesco, Banco Inter, Banestes, Itaú Unibanco, Original, Santander e Sicredi. O convênio regulamenta os procedimentos dos bancos para comunicar, à Polícia Federal, suspeitas ou confirmação de práticas de ilícitos penais. Ele também trata do compartilhamento de informações sobre movimentação de recursos financeiros relacionados a crimes contra instituições financeiras.
Um primeiro acordo foi assinado em 2009 entre o sistema financeiro e a Polícia Federal. Com o termo assinado hoje, deve aumentar o número de instituições financeiras fornecedoras de informações importantes e privilegiando, dessa forma, as ações de inteligência e de tecnologia, imprescindíveis no combate às fraudes bancárias.“A tecnologia bancária avançou muito. Antes a troca de informações era pautada por documentos, papéis e relatórios. Hoje, trabalhamos com sistema interligados, repassando automaticamente para a PF com detalhes importantes da investigação”, afirma Adriano Volpini, diretor adjunto da Comissão de Prevenção a Lavagem de Dinheiro da FEBRABAN.
Outro avanço desse convênio é a disponibilização de equipe da FEBRABAN e dos bancos, em conjunto com a Polícia Federal para se entender dinâmica do crime nas transações bancárias. Dessa forma, fecha-se o círculo (bancos, PF e FEBRABAN) que possibilitará identificar os fraudadores com maior rapidez e dessa forma reprimir o crime organizado por meio das ações do Serviço de Repressão ao Crime Cibernético da Policia Federal – SRCC-PF, afirma o executivo.
O diretor ressaltou que a segurança para a realização das operações financeiras é uma das preocupações centrais dos bancos brasileiros. O setor bancário destina cerca de 10% dos investimentos anuais em tecnologia da informação, cerca de R$ 2 bilhões, em ferramentas destinadas a evitar possíveis tentativas de fraudes, além de garantir a confidencialidade dos dados dos clientes e a eficiência no uso dos canais eletrônicos.
*Com informações da Febraban