Segurança

Plataforma Tentáculos une bancos à Polícia Federal no combate a fraudes

A junção de esforços e da cooperação público-privada é fundamental para o combate a fraudes, destacou  o presidente da Febraban, Isaac Sidney, ao abrir o 1º Congresso de Prevenção e Repressão a Fraudes, nesta terça-feira, 7/5. Um exemplo é a adesão da Federação Brasileira de Bancos à Plataforma Tentáculos para que os bancos deem apoio ao aperfeiçoamento do mecanismo que centraliza as notícias-crime de fraudes em um único repositório. A assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre a Febraban e a Polícia Federal, ocorreu em 24/11. 

Hospedada na infraestrutura de TI da Polícia Federal, a Plataforma Tentáculos permite a troca de informações com as polícias civis dos Estados para que, com base nas informações encaminhadas pelas instituições financeiras, possam ser feitas investigações no âmbito de seus Estados. Idealizado em 2007, o Tentáculos centraliza todas as notícias-crime de fraudes em um repositório único de dados. Em outubro daquele ano, a PF e a Febraban assinaram o primeiro ACT, que passou a ser ao longo dos anos uma referência interna e externa de cooperação público/privada no combate às fraudes bancárias eletrônicas. Atualmente, 25 bancos participam do projeto.

“Um exemplo da cooperação público-privada é o Projeto Tentáculos para compartilhamento de dados, um acordo se origina em 2019 e, nos últimos cincos já foram realizadas 200 operações com a expedição de 445 de mandados de busca e apreensão, além de 81 prisões. Mundialmente também estamos inseridos na prevenção de fraudes”, assinalou Isaac Sidney.

O presidente também compartilhou que a Febraban criou um laboratório de cibersegurança que desenvolve trabalhos em várias frentes, treinou 11 mil pessoas do setor bancário e de outros e estabeleceu, em 2023, um grupo consultivo de prevenção à fraude. “Com a junção de esforços entre público e privado conseguimos avançar nas frentes”, disse. Para Otavio Margonari Rus, diretor de combate a crimes cibernéticos da Polícia Federal, o acordo com a Febraban reforça a inclusão de dados na plataforma e reforça o compromisso da PF com o combate à fraude eletrônica.

Falando sobre segurança privada, André Caetano Rodrigues de Morais, do Bradesco, destacou que os bancos estão avançando na questão da segurança e a importância do pilar da tecnologia — na tríade pessoas, tecnologia e processos — aumentou. “É fazer com que a tecnologia traga, cada vez mais, para a área de monitoramento preventivo”, disse.


Como exemplo, contou que, há muitos anos, os bancos faziam unicamente a vistoria presencial para, entre outros, verificar o cumprimento de procedimentos. Mas, de uns anos para cá, este trabalho passou a ser feito de forma híbrida, adicionando à vistoria presencial o monitoramento por sistema de CFTV e, assim, remotamente verificando o posicionamento do vigilante.

Cristiano Jomar Costa Campidelli, da Polícia Federal, defendeu que a consolidação de decisões coloca o Brasil na vanguarda. “Palestrei na Costa Rica e percebemos que estamos muito à frente dos nossos vizinhos. No Brasil, temos 27 unidades da federação, 18 mil agências bancárias, meio milhão de vigilantes, todos regulados pela PF e lincados a um mesmo sistema, que é único, nacional e conversa com o Brasil todo. Por mais que tenhamos um País continental, há um filtro e há uma chegada única ao fim, onde há consolidação dos entendimentos”, apontou.

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