Segurança cibernética é tecnológica, é política e é estratégica para um País
A segurança cibernética não é apenas uma questão tecnológica; ela é prioridade política para defender não somente os sistemas de informática, como também as infraestruturas críticas de um País. Em entrevista à CDTV, durante o Painel Telebrasil 2019, realizado de 21 a 23 de maio, em Brasília, o diretor de relações governamentais e regulatórios da Huawei, Carlos Lauria, explicou como a mudança dos estilos dos ataques e o aumento das espionagens obrigaram a fornecedores e aos especialistas em segurança cibernética a repensarem a estratégia.
Lauria explicou que os projetos de segurança cibernética devem considerar todos os dispositivos conectados às redes, além da infraestrutura em si. “Uma grande ferramenta para quem quer invadir um sistema é a engenharia social, porque se pode invadir um sistema com a senha de uma pessoa. Existe todo um ecossistema que tem de ser alimentado com informação”, disse.
Lauria destacou que existem várias formas de ataques que podem vir desde os sistemas automatizados de bombardeios para descobrir senhas e quebrar criptografia, o que demanda poder computacional, até por meio de falta de cuidados das pessoas que permitem que os sistemas sejam invadidos. Além disto, os equipamentos podem ser dotados de dispositivos de segurança. “Se os seus produtos já não saem de origem com a preocupação de ter segurança, desde o nascimento dele, é muito difícil corrigir depois. Milhares de sensores estão sendo implantados todos os dias e eles teriam de ter segurança no início; é uma preocupação que deve existir desde a concepção do projeto.” Assistam a entrevista.