Serpro: Agência de cibersegurança vai chegar atrasada no Brasil
A transformação digital e o uso cada vez mais intensivo em recursos informáticos traz oportunidades e melhores serviços, mas também novas responsabilidades. Mas a maturidade tecnológica não se distribui por igual, criando um desequilíbrio entre organizações que gera vulnerabilidades ao ecossistema digital.
“Segundo o BID, somos o segundo país em maturidade digital no mundo, o que revela um uso intensivo de tecnologia. Mas, por outro lado, traz também um grande risco”, afirmou o superintendente de Segurança da Informação do Serpro, a maior empresa de TI do Brasil, João Almeida, durante o seminário Cyber Gov 2023, promovido pela Network Eventos e pelo portal Convergência Digital.
“Diante da situação que a gente vive de transformação digital, em que o Brasil cada vez mais se expande no uso das soluções digitais, e onde a gente tem cada vez mais também se expandindo os ataques dos hackers, uma agência nacional de segurança cibernética é essencial para o direcionamento de defesa, de treinamento, de intercâmbio com os órgãos, para a gente estar preparado para sustentar as soluções com a devida segurança. A Agência Nacional de Cibersegurança tem importância fundamental nesse processo e já deveria ter sido criada há muito tempo”, destacou Almeida.
Para o CISO do Serpro, a criação de uma nova agência dedicada à segurança cibernética não conflita com a recém- criada autarquia para proteção de dados pessoais, a ANPD. “Se olhar todos os padrões de normas, como a ISO 27701, 271001, que falam de segurança da informação e privacidade, tratam como dentro de um mesmo tema. No Serpro a gente trata privacidade e segurança em superintendências diferentes. A gente entendeu que dessa forma daríamos a importância devida para cada assunto. Se ficasse privacidade dentro da segurança ou segurança dentro da privacidade, acabaria prevalecendo um tema sobre o outro. Não posso pensar diferente de que podemos ter uma ANPD e uma ANCiber. No Serpro funciona assim.” Assista a entrevista com o superintendente de Segurança da Informação do Serpro, João Almeida.