Segurança

TSE admite que ataques hackers podem ter causado instabilidade no e-Título

Pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral admitiu que os ataques hackers podem ter causado instabilidade no e-Título. Até então, a Corte sustentou, por meio de uma coletiva de imprensa, do presidente Luis Barroso, no dia 16/11, que poderia ser uma falha no desenvolvimento do próprio aplicativo ou de múltiplas tentativas de acesso, uma vez que foram feitas, conforme revelou Barroso, 12 milhões de solicitações de acesso ao aplicativo apenas na parte da manhã do domingo, 15, o que congestionou o sistema. Ao finla, milhares de brasileiros ficaram sem acesso ao e-Título para justificar a ausência no pleito do primeiro turno das eleições municipais.

O reconhecimento do incidente acontece em nota oficial do próprio TSE, divulgada nesta quinta-feira, 19/11. “As investidas cibernéticas contra o TSE registradas no domingo da eleição não têm relação com o atraso de duas horas e meia na divulgação dos resultados da votação, mas podem ter ocasionado instabilidades no aplicativo e-Título e no sistema de processo judicial eletrônico (PJe)”, informa o comunicado.

No informe, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, reporta a criação de uma Comissão de Segurança Cibernética para acompanhar a investigação da Polícia Federal sobre ataques cibernéticos no dia do primeiro turno da eleição municipal de 2020 (15/11) e outras ações coordenadas por parte de grupos criminosos para tentar deslegitimar o processo eleitoral.

A comissão será presidida pelo ministro Alexandre de Moraes e vai elaborar estudos sobre ações de prevenção e enfrentamento de ilícitos decorrentes da ação de hackers. Além do ministro Alexandre de Moraes, integram a comissão o corregedor-geral do TSE, ministro Luis Felipe Salomão; o delegado federal Disney Rosseti, assessor Especial de Segurança Institucional do TSE; dois juízes auxiliares do TSE; e um representante da Secretaria da Tecnologia da Informação (STI) do TSE.

A comissão, destaca o TSE, leva em conta que, no dia do primeiro turno, ocorreram “incidentes em sistemas on-line do Tribunal Superior Eleitoral potencialmente decorrentes de ataques cibernéticos praticados de modo criminoso e mediante ação coordenada de grupo com a finalidade de prejudicar o processo eleitoral”.


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