TSE: ataques DDoS duraram 18 minutos e foram de 30 gigabits/segundo
Os ataques DDoS – negação de serviço – chegaram a 30 gigabits por segundo, ou 436 mil conexões por segundo entre 11:25 e 11:43, da manhã desse domingo, 15/11. Ou seja, por 18 minutos, atacantes digitais do Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia tentaram paralisar as atividades do Tribunal Superior Eleitoral por sobrecarga do sistema. O TSE negou qualquer paralisação por conta dessa ação. “Não conseguiram ultrapassar nossas barreiras e todos os ataques foram repelidos pelos mecanismos de segurança”, afirmou Luís Barroso, em coletiva à imprensa, nesta segunda-feira, 16/11.
O Convergência Digital procurou especialistas em Internet e todos disseram que um ataque de 30 Gigabits é absolutamente ‘padrão’ nos dias de hoje e está longe de um ataque de grande monta, hoje, variando entre 250 e 350 gigabits, já chegando a 1 terabits por segundo. É verdade, porém, que um ataque de 1 gigabit é capaz de criar problemas graves se não houver um plano de mitigação de segurança, mas, no caso do TSE, a centralização da TI eleitoral foi uma sugestão da própria Polícia Federal para minimizar o espaço para ataques hackers.
“Foi uma sugestão da PF centralizar. Para não termos 26 portas possíveis de ataques- com os TREs descentralizados – se pediu a concentração em um único ponto. Mas é bom observar que todos os dados são trafegados em uma rede interna. Não vai para a Internet aberta, mas ter um ponto único de centralização facilitaria as ações de mitigação, como aconteceu. Lembro também que temos no TSE uma sala-cofre com vigilância 24 horas, o que nos ajuda muito na segurança. Os ataques DDoS não causaram nenhum prejuízo”, repetiu o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino.
Sobre o vazamento de dados – também anunciado no domingo, 15/11- o TSE manteve a versão que foram dados de funcionários e ex-ministros aposentados do TSE e tinham sido obtidos antes do período eleitoral. “São dados de 2001 a 2010, mas os hackers tentaram fazer com que fossem vazados no dia da eleição. Não foram. Foi antes. Nós sabemos que há pessoas que clamam pela ditadura e têm interesse em desmoralizar o processo democrático. Elas estão sendo investigadas pela Polícia Federal”, anunciou o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.