Vinte e cinco contas sofrem violação de dados por minuto no Brasil
Um novo estudo da empresa de segurança cibernética Surfshark classifica o Brasil como o 4º país que mais sofreu violações de segurança cibernética ao longo do 2º trimestre de 2022, sendo o 1º na América do Sul. Apesar de regras como a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/18), as violações de dados continuam aumentando. Enquanto isso, a próxima eleição geral brasileira de 2022 em outubro pode resultar no ressurgimento de mensagens de spam de desinformação, conforme observado durante a eleição anterior de 2018. Com milhões de usuários de internet comprometidos este ano, o Brasil enfrenta sérias preocupações de segurança cibernética.
Os dados do Surfshark mostram que no segundo trimestre deste ano, 3,2 milhões de usuários brasileiros foram violados, um aumento de 771% em relação ao primeiro trimestre. Os três primeiros lugares no ranking global do trimestre são ocupados pela Rússia (28,8 milhões de usuários violados), Índia (4,4 milhões) e China (3,4 milhões), enquanto o Brasil ocupa o quarto lugar, superando os EUA (2,3 milhões) em quinto lugar.
Desde 2004, ano em que as violações de dados se espalharam, 15,1 bilhões de contas vazaram e impressionantes 244,4 milhões delas pertencem a usuários do Brasil. A situação é bastante preocupante em relação aos pontos de dados perdidos, considerando que a cada dez contas vazadas no Brasil, metade é roubada junto com uma senha.
“Em toda a América do Sul, uma pessoa comum foi afetada por violações de dados pelo menos uma vez. No entanto, no Brasil, essas estatísticas sobem ainda mais”, diz a pesquisadora de dados da Surfshark, Agneska Sablovskaja. “A diferença pode ser devido aos hábitos online do usuário ou práticas de coleta de dados por vários serviços ou aplicativos. O alto número de contas afetadas mostra que há mais a ser feito em relação à proteção de dados online. “