4G, 4,5G e fibra óptica são prioridades da Vivo em 2019
Não pensem em uma troca de comando com mudanças radicais na Vivo. O atual presidente, Eduardo Navarro, que passa a responder pelo conselho de Administração a partir de janeiro, além de uma diretoria na Telefônica, na Espanha, garantiu que a mudança foi planejada. “Não haverá descontinuidade dos planos. O Gebara está na empresa há oito anos. Ele vai fazer a transformação digital da Vivo”, afirmou, em encontro com a imprensa, realizado nesta segunda-feira, 17/12, em São Paulo.
Navarro classificou 2018 como um ano positivo. Segundo ele, foi o ano de fazer uma Vivo melhor e voltada para melhorar a experiência do cliente. Segundo o executivo, em Telecomunicações, sempre há de se avançar muito quando se fala em relacionamento com o assinante, mas estamos investindo na digitalização para fazer a nossa parte”.
Com relação ao novo governo, há uma grande expectativa – houve uma reunião com o ministro nomeado para Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Marcos Pontes. Segundo Navarro, o encontro foi positivo e houve a demonstração de tentar compreender a relevância do setor. Para Christian Gebara, a Vivo não é mais uma empresa de telecomunicações, mas, sim, de tecnologia. “Nossa missão é ofertar novos serviços aos assinantes”, reforça. Não por acaso, a digitalização desponta como crucial para a estratégia. “Queremos que o assinante use ao máximo o aplicativo para se comunicar conosco”.
Ainda sobre a nova composição da Telefônica/Vivo no Brasil, Gebara disse que, pela primeira vez, a operadora terá presidente e presidente de Conselho diferentes. A ideia, explica, é que cada um tenha a sua missão. “O presidente do Conselho, no caso o Navarro, terá papel relevante na parte de institucional, de política. Eu também vou estar à frente, mas haverá uma cogestão”, falou, ao ser indagado sobre o governo Bolsonaro. “O mais importante é que a economia se consolide e haja mais geração de emprego”, completou Gebara.
Do ponto de vista operacional, dos R$ 26 bilhões previstos de investimentos no Brasil entre 2018 e 2020, a maior parte irá para a infraestrutura 4G, 4,5G e para levar fibra óptica até a casa do assinante, diz Gebara. O planejamento da Vivo prevê chegar a 3000 cidades com 4G e 1000 cidades com 4,5G. Em fibra, a expansão será em FTTH. Hoje já são 9 milhões de casas prontas para receber a fibra da Vivo.
No ano passado eram 7 milhões e até 2020, a projeção é chegara a 15 milhões de casas. Também há o projeto de sobrepor a cobertura FTTC – fibra com cobre – da GVT, que chega a 11 milhões de casas. “Estamos fazendo um overlay em Curitiba, por exemplo. Mas temos cidades sem infraestrutura como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, entre outras. Nosso desafio é ampliar presença nessas e em outras capitais”, completa.