Telecom

4G e 5G são convergentes e vão coexistir na oferta de serviços

4G e 5G são tecnologias complementares, coexistentes e convergentes e a Huawei continuará dando suporte a ambas, pontuou o diretor de soluções da Huawei, Carlos Roseiro, ao participar do 5G&LTE Fórum, realizado no Rio de Janeiro. O especialista recomendou que o 5G seja implementado aonde faça sentido, como por exemplo, nos ambientes que requerem latência baixa ou que exijam throughput alto. Os demais casos, como para assistir um vídeo HD, é possível que o 4,5G seja suficiente.

“Atualmente, o melhor caminho de evolução do 4G para o 5G deve ser feito com a cloudificação do Core além de uma descentralização de Control Plane e User Plane, permitindo uma arquitetura distribuída para redução de latência, para Casos de Uso do 5G Stand-alone. No Padrão Non- Standalone, aprovado no final de 2017, a evolução do Core para 5G é feita com upgrade de software da aplicação”, explicou Roseiro.

Ainda de acordo com o diretor da Huawei, para evoluir para o Standalone, aprovado no final de 2018, que permite casos de uso mais complexos como aplicações de baixa latência requeridos pela Indústria Automobilística (Carros autônomos com controle centrlizado) ou de Entretenimento (AR/VR), se mantém a infra-estrutura do core mas é necessário que o software das aplicações evolua para CloudNative, com estrutura orientada às aplicações com microserviços, Containers e Operações automatizadas.

Hoje apenas a primeira das três aplicações do 5G, a banda larga aprimorada (e-MBB – enhanced Mobile BroadBand), que ficou pronta no release 15, está disponível e o principal ganho é o aumento do throughput. O release 16, previsto para dezembro, trará as duas outras aplicações. Com a Machine Type Communication, será possível ter conexões diretas entre múltiplos devices eletrônicos, ampliando o leque para as aplicações IoT. E a terceira aplicação, a Ultra Reliable Low Latency Communications (URLLC) garante a baixíssima latência. Roseiro explica que essas duas novas aplicações vão permitir alavancar soluções de Internet das Coisas combinando o uso massivo de dispositivos com baixa latência.


“Espera-se que os serviços sejam agregados e o consumo de dados cresça muito mais. A expectativa é de que, até 2025, o consumo de dados seja da ordem de 70 GB por usuário e o que se espera é que as operadoras possam cobrar mais por isso. Além disso, teremos o conceito de slicing, com oferta de redes segmentadas com SLAs distintos por indústria. Há que se pensar também em um novo modelo de negócios, não apenas baseado em pacote de dados, mas também na experiência”, sugere Roseiro.

O executivo da Huawei recomendou aos países da América Latina que façam uma evolução gradual para o 5G, evoluindo o LTE, mas garantindo que ele seja 5G ready, para estabelecer uma migração simples. Para Roseiro, ainda há muito espaço para o LTE evoluir aproveitando outros espectros e aumentando o throughput com Massive Mimo. “Não é bom retardar nem acelerar a migração para o 5G. O ideal é ter uma evolução gradual a medida em que o investimento tenha seu retorno. A tecnologia está disponível, a Huawei tem 40 contratos comerciais no mundo”, conclui o diretor de soluções da fabricante chinesa.

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