Telecom

5G Americas: Brasil não liberou 100 Mhz em 2,3GHz às operadoras

O Brasil possui 100 Mhz disponíveis na faixa de 2,3GHz para disponibilizar imediatamente para a banda larga móvel, sustenta a 5G Americas, mas os dados não foram confirmados pela Anatel. Segundo ainda levantamento da entidade, a América Latina só atingiu 33% do objetivo total de 1.481 MHz liberados para operadoras durante o ano de 2017 – ou seja, foram disponibilizados somente 485 MHz, uma entrega muito aquém do desejado.

Para a 5G Americas, essa lentidão na liberação de espectro reforça a posição da região que, nos últimos 20 anos, tem demorado a liberar frequências para o serviço móvel. “Não contar com espectro suficiente implica desacelerar o potencial da inovação tecnológica, atrasar o uso de novas aplicações avançadas e reduzir o mercado potencial para o desenvolvimento de soluções voltadas a atender necessidades locais”, diz a entidade, em comunicado enviado nesta sexta-feira, 12.

O total de 485 MHz foi conseguido graças a leilões na Argentina (80 MHz FDD, 20 MHz TDD, ambos na faixa de 2,5 GHz; além de autorização de 60 MHz para uso em 900 MHz e 2,5 GHz), Costa Rica (70 MHz em 1,9/2,1 GHz e 1,8 GHz), México (60 MHz em 2,5 GHz), Porto Rico (70 MHz em 600 MHz) e Uruguai (125 MHz em licitações de 700 MHz, 1,9/2,1 GHz, AWS e AWS-3).

A 5G Americas estima que os órgãos reguladores latino-americanos promovam a alocação agregada de 1.856 MHz de espectro em 2018, dos quais 70 MHz já foram entregues no Paraguai. A entidade ressalta que a recomendação da União Internacional de Telecomunicações (UIT) para 2020 é de 1.960 MHz por mercado.


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