5G é argumento para Trump vetar compra da Qualcomm pela Broadcom
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump baixou uma ordem executiva que proíbe a compra da Qualcomm pela Broadcom. O documento sustenta risco à segurança nacional dos EUA com a transferência da desenvolvedora de chips em um movimento visto para manter a liderança americana em tecnologia móvel, especialmente com o advento do 5G.
“A proposta de tomada de controle da Qualcomm pela compradora (Bradcom) está proibida e qualquer equivalente fusão, aquisição ou controle, direto ou indireto, está também proibida”, diz a ordem presidencial, que cita “evidências” de que a Broadcom ao comprar a empresa americana “pode tomar atitudes que ameacem ou prejudiquem a segurança nacional dos Estados Unidos”.
Segundo a agência Reuters, fonte junto ao comitê americano de investimento estrangeiro (CFIUS na sigla em inglês) revelou o temor de militares dos EUA de que em 10 anos “haverá essencialmente uma empresa dominante nessas tecnologias, essencialmente a Huawei e as operadoras americanas não terão outra opção a não ser adquirir equipamentos da fabricante chinesa”.
“Uma mudança para o domínio chinês no 5G teria substanciais consequências negativas para a segurança nacional dos EUA. Os Estados Unidos são dominantes da definição de padrões, mas a China poderia competir fortemente para preencher a lacuna deixada pela Qualcomm como resultado dessa tomada hostil”, diz um documento da CFIUS encaminhado à Casa Branca.
A Qualcomm é um ator relevante no desenvolvimento de chipsets para o 5G, com estimados 15% das patentes globais, acima dos 11% da Nokia e 10% das empresas chinesas combinadas. A leitura nos EUA é de que a Qualcomm é uma rival estratégica para a chinesa Huawei.
* Com informações da Reuters