5G: dada a largada pela disputa pela frequência ideal
A Ofcom, agência reguladora britânica, deu a largada para a disputa pela melhor frequência para o 5G. O órgão divulgou o cronograma para implantação da 5G com foco na destinação de espectro, sobretudo na faixa de 26 GHz. Trata-se de basicamente a mesma frequência defendida pelos Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão (que chamam de 28 GHz). Posição que não repercute no Brasil, uma vez que o país defende essa faixa para a banda Ka, que permite banda larga via satélite.
A Ofcom projeta que as frequências de 3,4 GHz a 3,8 GHz vão ser as mais utilizadas para 5G. Isso significa que aqui no Brasil, a Anatel terá problemas, uma vez que a faixa de 3,5GHz é problemática e há questões de interferência com as antenas parabólicas. A agência britânica também acredia que haverá espaço para o 5G na faixa de 700 MHz, o que determinaria a realização de novos leilões. As frequências mais altas – de 24,25 GHz a 27,5 GHz – ficariam destinadas a “novos serviços inovadores”.
Esses espectros foram definidos em conjunto com outros países europeus nos trabalhos do grupo de política de radiofrequência (RSPG, na sigla em inglês) e na conferência europeia de administrações postais e de telecomunicações (CEPT). A agência britânica afirma dar apoio total para a utilização da faixa de 26 GHz na Europa como a “banda pioneira” na região, comprometendo-se ainda em promovê-la ativamente como prioridade para harmonização global.