Telecom

5G vai massificar o uso das small cells no Brasil

A preparação para a quinta geração da telefonia móvel vai além da discussão de frequências as operadoras precisam preparar seus ambientes de infraestrutura, acesso, core e aplicações de negócios. “É preciso pavimentar o caminho para 5G com a preparação do backbone de transporte, da rede que vai trabalhar com alta densidade. Precisa reforçar o backbone para que suporte a nova rede e preparar as redes de acesso para suportar a entrada da rede 5G. As small cells serão realidade nas redes de 5G e teremos de trabalhar com plataformas virtualizadas de rede, além de readequar os sistemas de BSS e OSS para atender à demandas dos novos tipos de serviços que virão”, destacou Mauro Fukuda, da Oi, que fez uma apresentação durante o Painel Telebrasil, realizado nesta semana em Brasília.

O arcabouço de tecnologia e redes para 5G envolve uma combinação de Wi-Fi, LTE, satélite; e será necessário combinar espetros de frequências que variam desde baixa até altas. Fukuda também destacou que, hoje, 50% e 80% do trafego de voz e dados, respectivamente, é indoor. “As operadoras estão iniciando a curva de implantação de small cells, porque o volume de dados está crescendo e, quando se faz análise de custo, a partir 800 a 900 Mbps por quilometro quadrado, as small cells ficam mais baratas”, explicou. Em termos de backhaul, a utilização da fibra ótica será mandatória em ambiente de 5G.

Em sua fala, o executivo da Oi destacou que o avanço para a quinta geração da telefonia móvel (5G) não será apenas uma evolução em termos da velocidade da banda larga móvel em relação à 4G, mas, sim, uma mudança radical em novos casos de uso. Para Fukuda, não se trata apenas do aumento de velocidade em taxas para usuários, saindo de 10 Mbps na 4G para 100 Mbps na 5G, mas de novos serviços e aplicações. “É um portfólio de casos que vão desde atendimento massivo da banda larga e em áreas densas a vídeo pervasivo, banda larga em qualquer lugar, IoT massivo, comunicação extrema em tempo real e comunicação ultraconfiável para serviços de saúde”, ressaltou.

Em um cenário de 5G, o Brasil apresenta diversas oportunidades em diversas áreas, ressaltou Fukuda, mas, principalmente, em agricultura de precisão, com internet das coisas suportando e possibilitando novos usos para o controle da cadeia completa da agricultura; em cidades inteligentes, indústria, comércio, saúde e educação.  Devido à rede altamente confiável e flexível, destacou o executivo da Oi, haverá criação de valor na 5G.

No mesmo painel, o diretor de redes da TIM Brasil, Silmar Freire Palmeira, contou que a telco vai testar a frequência de 3,5 GHz para 4G como fase de preparação para a 5G — veja entrevista em vídeo. “Lançamos internamente o desafio de passar para campo real a coexistência de 4G com a banda C satelital e vamos fazer trial de TDD de LTE na banda 42 do 3GPP”, disse. “Será um teste de convivência para usar em 4G e permitir uma migração mais suave para 5G.”


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