Algar Telecom retira 8 mil toneladas de cobre até o fim de 2025
A Algar Telecom já começou o processo de retirada de aproximadamente 8 mil toneladas de cobre da sua rede de concessão para a troca definitiva para a fibra óptica. O processo é conduzido por uma equipe de 200 profissionais, mais equipes de campo, por ser considerado complexo por envolver serviços legados. A intenção da operadora é encerrar a era do cobre até o fim de 2025, revelou em entrevista ao Convergência Digital, o VP de InfraCo e Atacado da Algar Telecom, Osvaldo Carrijo.
Batizado de Fibra Verde, o projeto reúne as áreas de Negócio, Tecnologia e Operações e a tele já retirou 47 toneladas de cabos metálicos/cobre. “Temos pouco mais de 2% dos clientes ainda atendidos 100% pelo cobre e estamos avançando para levar a fibra óptica. São serviços legados, como a oferta de voz para governo, com contratos que exigem um cuidado jurídico, legal e regulatório por serem feitos a partir de licitação, mas são algumas centenas de milhares de conexões via cobre”, explicou.
Há também serviços mantidos unicamente por conta dos contratos de concessão como a manutenção de cerca de 3000 orelhões. “Ao trocar o cobre pela fibra, eliminamos custos de manutenção. Esse serviço de orelhões hoje está longe de cobrir a receita da manutenção. O uso deles praticamente acabou. Vamos manter os orelhões por conta da concessão, mas vamos migrar para a fibra”, adicionou Carrijo.
A Algar Telecom já vem trocando o cobre pela fibra há 10 anos, tanto que 98% dos assinantes são atendidos pela tecnologia de fibra, mas, agora, a intenção é encerrar o ciclo do cobre, considerado caro e complexo. “Com a mudança vamos oferecer serviços de mais qualidade”. Questionado se a retirada do cobre também encerra a discussão pelo uso dos postes, Carrijo disse que o ponto de fixação para a fibra e para o cobre é o mesmo e a Algar Telecom tem acordo com a CEMIG, concessionária de Minas Gerais.
“Sabemos da sobrecarga nos postes. Aqui em Uberlândia, por exemplo, deve haver pelo 20 prestadores de serviços de Internet. Mas nós temos o nosso contrato com a CEMIG legalizado. O que vai acontecer é uma despoluição das ruas do visual arcaico e pesado dos cabos metálicos do cobre”, salientou.
A destinação do cobre será profissional e a receita gerada será usada para financiar a migração para a rede 100% fibra, contou ainda Osvaldo Carrijo. As oito mil toneladas terão ainda uma destinação ambiental correta – indústria de reciclagem – para assegurar o cumprimento das metas de sustentabilidade.