Amos Genish: “Não há disputa em rede neutra. Só o V.tal atua assim. Vivo e TIM têm redes abertas”
A V.tal é a única rede neutra no Brasil, sustentou o CEO da companhia, Amos Genish, dentro do seu estilo de atuar, ao ser indagado sobre uma maior competição com os spin offs das redes da Vivo, a Fibrasil, em parceria com a canadense CDPQ, e da TIM, FiberCo, com a ISH.
“Essas redes são, em primeiro lugar, para atender as próprias operadoras. Nós já somos de cinco a sete vezes maiores do que eles e, em 2025, esse gap só tende a crescer. Eu sou uma rede neutra efetiva. Não vamos dividir dados estratégicos de clientes”, pontuou Amos Genish, em entrevista concedida nesta segunda-feira, 13/06.
Segundo ainda Genish, a V.tal tem saída internacional e as spin offs da Vivo e da TIM “não têm backbones nacionais como nós temos”. A meta da V.tal é chegar a 20 milhões de casas passadas até dezembro e já há 32 provedores assinados para usar a infraestrutura da V.tal e grandes fazendo provas de conceito para complementar suas redes. E o executivo adianta: há negociações com varejistas, fintech, segurador e um marketplace para que eles lancem a oferta de banda larga ao consumidor final, numa disputa com teles e ISPs. “É uma forma de monetizar os ativos”, afirma.
Genish não descartou um IPO, como quer a Oi, mas diz que não é estratégia para curto prazo. “Queremos fazer as mudanças que precisamos fazer para viabilizar a V.tal depois da segregação da Oi”, salientou. O executivo admite que a Oi é um cliente âncora importante no FTTH, mas que na receita de R$ 5 bi, mais de 2,5 bi não vêm mais da Oi. “Eu tenho convicção que a Oi vai sair uma empresa muito sólida da recuperação judicial e tem grande chance de ser a líder de banda larga no país. A Oi é relevante, muito importante, mas não é a única e a cada ano perderá mais espaço para outros clientes”, reforçou.